A presença de cães soltos pelas ruas de Barra Velha tem gerado preocupação entre os moradores. Os animais, muitos deles com dono, circulam livremente, oferecendo riscos principalmente a pedestres e ciclistas. Na região da Rua Areia Branca, no bairro Itajuba, moradores relatam casos de ataques. A moradora Alexsandra Zulpo foi uma das vítimas e conta como tudo aconteceu.
“Eu estava indo para casa com meu filho de bicicleta quando, de repente, um cachorro veio de longe e tentou morder a perna dele. Eu estava a uns 30 metros atrás e corri para separar. Depois, fui até a casa do vizinho e pedi que ele deixasse o animal no cercado. Mas assim que virei as costas, o cachorro veio e me mordeu. É justamente esse tipo de situação que quero evitar”, destacou a moradora.
Ela também conta que costuma caminhar com seus cães sempre na corrente e, quando necessário, usando focinheira. Segundo Alexsandra, a situação não depende somente da raça do animal e cobra mais responsabilidade dos tutores. Quem também já sofreu com o problema foi a moradora Maria de Fátima. Ela conta que foi atacada por um dos cães e cobra providências para evitar que novos casos aconteçam em Barra Velha.
“O certo seria construir um abrigo e recolher esses cachorros. Desde 2018, eu entrei na rede de vizinhos e venho nessa luta tentando resolver isso. Os donos que deixam os animais soltos têm que ser responsabilizados, e os que são abandonados precisam de uma solução da prefeitura. Eu mesma já fui atacada — só não aconteceu nada porque a minha gatinha deu a vida para me salvar. É um absurdo esse descaso, tanto por parte da administração quanto dos próprios donos. Se fosse na minha rua, eu já teria tomado providências. Não para fazer mal aos animais, mas para colocar ordem nos responsáveis”, afirmou Maria.
Nossa reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Barra Velha. Em nota, o município afirma que a FUNDEMA é o órgão responsável por casos de maus-tratos aos animais e isso inclui animais que são negligenciados. Já os cães soltos na rua, tenham eles dono ou não, são fiscalizados com base no Código de Posturas do município. As reclamações devem ser encaminhadas através do Setor de Posturas ou da Ouvidoria central.
Reportagem – Alan Rosa.
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