Em audiência pública nesta terça-feira (14), convocada pela Câmara de Vereadores de Penha, para debater o tema dos cemitérios do município e buscar soluções, representantes do Governo Municipal anunciaram a ampliação e revitalização do cemitério do Gravatá, mediante a aquisição de terreno pela Prefeitura.
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“Assinamos o termo de acordo administrativo, amigável, que transfere para o município, através da compra, uma fração de um imóvel para iniciarmos as obras de ampliação do cemitério do Gravatá e também a construção da capela mortuária, que há muito tempo é um desejo da comunidade”, contou a secretária de Administração e Finanças, Camila Luchtenberg.
O prefeito de Penha, Aquiles da Costa (MDB), ressalta que o objetivo é finalizar todo o processo em 2023. “Essa é uma demanda que o povo de Penha precisa com urgência e com muito esforço de todos os setores conseguimos realizar. Mais uma grande conquista para a nossa cidade”, finaliza.
Representando o Poder Executivo também participaram da audiência pública o secretário de Governo, Waldemir Mafra Junior, a secretária Camila, o secretário de Planejamento, Maurílio Duarte, o secretário de Assistência Social, Sérgio de Mello, e ainda o diretor de engenharia, Alcemar de Souza.
Vários representantes da comunidade também prestigiaram a audiência pública, trazendo questionamentos e contribuições, com destaque para o grupo de moradores do bairro Gravatá.
Marcelo palestrou
Na audiência, o engenheiro ambiental Marcelo Mauri da Cunha, de Barra Velha, falou sobre a questão da implantação de novos cemitérios. Ele é autor da obra “Cemitério Horizontal – Poluição do Solo e Água Subterrânea”, da editora Dialética, e se tornou referência no tema, que aborda a questão da integridade de aquíferos freáticos diante da possibilidade de contaminação provocada por cadáveres sepultados em áreas sem a prévia avaliação do meio físico.
“Quando o processo de sepultamento ocorre em ambientes com meio físico inadequado, há contaminação do solo e água subterrânea por bactérias e vírus nos processos de decomposição dos corpos, além das substâncias químicas liberadas”, reforça o autor, na obra, que fez uma pesquisa de contaminação de solo em um dos cemitérios mais antigos da região nordeste catarinense, e o relacionou com resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente de 2003.
