Termina neste sábado, dia 6 de abril, a fase arquidiocesana da causa de beatificação e canonização do promotor de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) Marcelo Henrique Câmara – um operador do Direito catarinense a quem muitos atribuem milagres e que poderá virar santos pela Igreja Católica Apostólica Romana.
A documentação segue para a etapa romana, no Vaticano. A fase será encerrada por uma solenidade que ocorrerá às 16h na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, no bairro Ingleses, em Florianópolis. A solenidade envolverá dois momentos. Na primeira parte, haverá sessão do Tribunal Eclesiástico, com a conclusão dos trabalhos do inquérito diocesano da causa, em que serão selados os autos que seguirão para a análise na fase de Roma.
Após, será celebrada uma missa em ação de graças aos frutos da causa de beatificação e canonização. A solenidade será presidida pelo arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, e contará com a presença de autoridades eclesiásticas e civis.
O processo
A primeira fase começou em 2020 e foi constituída pela abertura do processo no Tribunal Eclesiástico. Houve apurações, entrevistas e a coleta de testemunhos que atestaram a notoriedade do Promotor de Justiça de acordo com os valores da Igreja Católica.
O processo envolve o levantamento de diversas informações relativas à vida de Câmara, sua postura em relacionamento com as pessoas e retidão dentro dos conceitos da Igreja Católica, além da admiração de pessoas que conviveram com o promotor em diferentes momentos de sua vida.
Os dados recolhidos seguem para a análise de especialistas no Dicastério para as Causas dos Santos, no Vaticano. Se a avaliação for positiva, haverá uma recomendação para que o pontífice da Igreja Católica conceda a Marcelo Câmara o título de venerável. Caso isso ocorra, o promotor de Justiça estará em condições de ser beatificado.
Após, para que o processo de beatificação seja concluído, será necessária a comprovação de um milagre atribuído a ele. Na sequência, um novo milagre precisará ser comprovado para que Marcelo Câmara seja canonizado e receba o título de santo da Igreja Católica. Não há prazo estabelecido para a conclusão do processo.
Marcelo Câmara morreu aos 28 anos, em 2008, devido a complicações de um câncer. Antes de ingressar no Ministério Público de Santa Catarina, foi professor substituto da Universidade Federal de Santa Catarina e professor nos cursos de Direito do Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis e da Faculdade Santa Catarina.
A jornada do promotor Marcelo Câmara
A vida breve, porém marcante, do jovem Promotor de Justiça de Santa Catarina, Marcelo Henrique Câmara, pode ser marcada por um feito inédito. Câmara tem a possibilidade de se tornar o primeiro promotor de Justiça a ser canonizado.
O vídeo apresenta depoimentos de pessoas que conviveram com o Promotor de Justiça, incluindo colegas do Ministério Público, familiares e admiradores. Além disso, destaca-se o seu recém-inaugurado Memorial Marcelo Câmara, instalado junto a Igreja Sagrado Coração de Jesus, localizada no bairro dos Ingleses, em Florianópolis, onde já se encontravam seus restos mortais.
No local, estão expostos itens de uso pessoal e profissional de Marcelo, como sua beca de atuação nos Tribunais, carteira de identidade funcional, livros utilizados em seus estudos e seu trabalho de conclusão de mestrado.
Marcelo Câmara faleceu aos 28 anos, em 2008, devido a complicações de um câncer. Antes de se tornar Promotor de Justiça, foi professor substituto da Universidade Federal de Santa Catarina e professor nos cursos de Direito do Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis e da Faculdade Santa Catarina. Abaixo, Leatrice Pavan, a mãe do saudoso Marcelo, e o link para a reportagem produzida pelo Ministério Público de Santa Catarina sobre a vida do jovem promotor:
