Vereador propõe entrega de Bíblias para alunos de Barra Velha

Publicado em 09/05/2025 13h47 | Atualizado há 13 dias
Vereador propõe entrega de Bíblias para alunos de Barra Velha

O vereador Caio Pinheiro (PL), de Barra Velha, sugeriu a entrega voluntária de exemplares da Bíblia com o Novo Testamento a alunos do ensino fundamental, por meio da Associação Gideões. A iniciativa gerou diferentes opiniões entre pais e professores. Em resposta, o vereador destacou que continuará defendendo pautas ligadas à fé e aos valores familiares no Legislativo.

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“É importante dizer que o vereador não está aqui para agradar, está aqui para confrontar — e de todo confronto nasce uma transformação. Quando falo que estou aqui para confrontar, é justamente para defender as bandeiras das pessoas que votaram em mim de forma democrática e que acreditam que eu as represento. Bandeiras como, por exemplo, a da família. Quando falo do Novo Testamento, de maneira nenhuma estou falando de religião — quando falamos de cristãos, envolvemos várias denominações: evangélicas, católicas e todas as outras que utilizam esse livro. Não estou aqui defendendo placa de igreja, não é isso”, destacou o vereador.

Nas redes sociais, diversos comentários alegam que a entrega viola as leis de um país laico, onde se deve manter a neutralidade em relação às religiões. Caio alega que o cristianismo faz parte do contexto cultural do brasileiro e que, além disso, o aluno deveria decidir se aceitaria o livro ou não. Nossa reportagem procurou também o professor da rede pública Thiago Moretti, que colocou sua visão contrária a esta distribuição.

“Quando a gente fala em estado laico, a laicidade do estado é muitas vezes confundida, mas é um conceito simples previsto na Constituição: o estado deve ser neutro. E uma escola pública faz parte do estado, portanto, também deve ser neutra. Não se pode permitir a distribuição de Bíblias, seja do Novo Testamento ou qualquer outro, na escola. É fácil entender isso com um exemplo inverso: imagine um grupo de pessoas islâmicas entrando na escola para oferecer o Alcorão às crianças — será que os pais aceitariam com a mesma tranquilidade? A Constituição Federal, no artigo 19, proíbe que o estado estabeleça vínculos com religiões ou grupos religiosos”, enfatizou o professor.

Reportagem – Alan Rosa.

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Publicado em 09/05/2025 13h47 | Atualizado há 13 dias
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O vereador Caio Pinheiro (PL), de Barra Velha, sugeriu a entrega voluntária de exemplares da Bíblia com o Novo Testamento a alunos do ensino fundamental, por meio da Associação Gideões. A iniciativa gerou diferentes opiniões entre pais e professores. Em resposta, o vereador destacou que continuará defendendo pautas ligadas à fé e aos valores familiares no Legislativo.

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“É importante dizer que o vereador não está aqui para agradar, está aqui para confrontar — e de todo confronto nasce uma transformação. Quando falo que estou aqui para confrontar, é justamente para defender as bandeiras das pessoas que votaram em mim de forma democrática e que acreditam que eu as represento. Bandeiras como, por exemplo, a da família. Quando falo do Novo Testamento, de maneira nenhuma estou falando de religião — quando falamos de cristãos, envolvemos várias denominações: evangélicas, católicas e todas as outras que utilizam esse livro. Não estou aqui defendendo placa de igreja, não é isso”, destacou o vereador.

Nas redes sociais, diversos comentários alegam que a entrega viola as leis de um país laico, onde se deve manter a neutralidade em relação às religiões. Caio alega que o cristianismo faz parte do contexto cultural do brasileiro e que, além disso, o aluno deveria decidir se aceitaria o livro ou não. Nossa reportagem procurou também o professor da rede pública Thiago Moretti, que colocou sua visão contrária a esta distribuição.

“Quando a gente fala em estado laico, a laicidade do estado é muitas vezes confundida, mas é um conceito simples previsto na Constituição: o estado deve ser neutro. E uma escola pública faz parte do estado, portanto, também deve ser neutra. Não se pode permitir a distribuição de Bíblias, seja do Novo Testamento ou qualquer outro, na escola. É fácil entender isso com um exemplo inverso: imagine um grupo de pessoas islâmicas entrando na escola para oferecer o Alcorão às crianças — será que os pais aceitariam com a mesma tranquilidade? A Constituição Federal, no artigo 19, proíbe que o estado estabeleça vínculos com religiões ou grupos religiosos”, enfatizou o professor.

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