A BMW em que quatro jovens morreram em Balneário Camboriú no primeiro dia do ano foi modificada por uma oficina em Goiás. A Polícia Civil catarinense investiga o dono da mecânica, que fica na cidade de Aparecida de Goiânia, segundo detalhou a jornalista Sabrina Quariniri, do portal NSC Total. A defesa do investigado afirmou que a peça automotiva foi desenvolvida por uma empresa terceirizada, assim como o serviço de instalação.
O advogado não soube informar ao portal o nome da empresa citada, mas disse que a oficina de seu cliente foi inaugurada há 11 anos e que os funcionários sempre passam as orientações de uso aos proprietários dos veículos após os serviços prestados.
A polícia ainda informou que a BMW passou por outras customizações não apenas em Goiás, mas também em Minas Gerais. Na segunda-feira (15), por videochamada, o proprietário da oficina deve prestar depoimento. Os investigadores também pretendem, posteriormente, ouvir os mecânicos que participaram do serviço.
Jovens morreram por intoxicação
Laudo da Polícia Científica elaborado a partir de coletas feitas na BMW revelou que os quatro jovens morreram por intoxicação. Eles estavam na rodoviária de Balneário Camboriú quando aconteceu o caso, que chocou o Brasil no primeiro dia do ano.
Conforme os peritos, a causa das mortes foi intoxicação por monóxido de carbono provocada pela alteração no sistema de escapamento. Essa substância não tem cheiro ou cor e pode causar asfixia. Desde as primeiras horas após a história vir à tona, os investigadores já suspeitavam de que o gás teria sido responsável pelo mal-estar que terminou na morte de Gustavo Elias, 24 anos, Tiago Ribeiro, 21, Karla Aparecida dos Santos, 19, e Nícolas Kowaleski, 16.
