O juiz Monani Menine Pereira, da Vara do Tribunal do Júri da Comarca da Capital, decretou nesta semana a prisão preventiva de Camila Fernanda Franca Pereira, esposa e principal suspeita na morte do empresário Gustavo Sagaz, em Florianópolis. Ela estava detida temporariamente desde o dia 22 de setembro. A suspeita também virou ré pelo crime. A motivação do assassinato ainda é mistério.
A decisão é base em denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) a partir de investigações da Delegacia de Homicídios da Capital. As perícias identificaram que Sagaz foi sedado e morto em casa, e que o celular esteve lá durante todo o desaparecimento da vítima. Além disso, a filha do casal, de 3 anos, afirma ter visto o pai ser agredido pela mãe nas coxas com um “‘pau’ semelhante a um metal”.
Na entrevista prestada em meados de outubro à perícia psicológica, a filha do casal contou que a mãe bateu atrás das coxas do pai. “O pai teria, na ocasião, pedido à mãe que parasse. [A criança] nega que tenha presenciado outra pessoa bater no pai”, diz um trecho da decisão judicial. A criança relatou ainda que o pai vomitou em um móvel pequeno preto, instalado na sala da casa.
A partir das câmeras instaladas no Parque Estadual do Rio Vermelho, próximo à praia do Moçambique, onde Sagaz foi encontrado, a polícia reconstituiu os passos dos criminosos. A polícia suspeita que alguém auxiliou Camila no crime. Segundo Menine Pereira, a prisão é necessária para não interferir na coleta de outros depoimentos.
Segundo o jornalista Felipe Bottamedi, do portal ND Mais, os advogados Raí Fantin Dietrich e Márcia de Moura Irigonhê, que representam Camila Fernanda Franca Pereira, afirmam que comprovarão a inocência da ré. No entanto, não passaram maiores informações uma vez que o processo está em segredo de Justiça.
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