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PRF pede demissão de policial catarinense suspeito de ensinar ‘câmara de gás’; vítima diz ter sido torturada

Publicado em 26/10/2023 15h44

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) enviou ao Ministério da Justiça um pedido para demitir o policial Ronaldo Bandeira, servidor da PRF em Santa Catarina. O pedido é resultado do processo administrativo disciplinar (PAD) aberto contra Bandeira após a revelação de um vídeo em que o policial, que também dá aula em cursinho, ensina os alunos a fazer uma “câmara de gás” em viatura.

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O método descrito por Bandeira é similar ao ocorrido no caso Genivaldo Santos – quando servidores da PRF de Sergipe asfixiaram até a morte um homem de 38 anos ao prendê-lo em uma viatura cheia de gás lacrimogêneo, em 2022.

No vídeo que viralizou em redes sociais, Ronaldo Bandeira aparece em uma sala de aula relatando que usou esse procedimento em uma abordagem, em conjunto com outros policiais. “A gente estava na parte de trás da viatura, ele ainda tentou quebrar o vidro da viatura com chute. Ficou batendo o tempo todo”, conta.

Ele fala, então, que nesse momento a polícia abre o porta-malas e aplica spray de pimenta no camburão. “A pessoa fica mansinha. Daqui um pouco só escutei: ‘Vou morrer! Vou morrer’. Aí eu fiquei com pena, cara. Abri [e falei] assim: ‘Tortura!’, e fechei de novo”, descreveu, rindo. O professor conclui falando: ‘Sacanagem, fiz isso, não”.

Segundo a corregedoria da PRF, a vítima do episódio descrito por Bandeira foi localizada e confirmou as agressões na abordagem. As conclusões enviadas ao Ministério da Justiça pedem a demissão do policial rodoviário com base no episódio de agressão e, também, no relato em sala de aula registrado em vídeo.

Em nota, a defesa de Ronaldo Bandeira afirmou ao jornalistas Camila Bonato e Fábio Amatto, do G1, que vai recorrer da decisão, “bem como irá interpor instrumento judicial contra a decisão que, no olhar da defesa, tem vários erros formais e materiais e em alguns aspectos é abusiva”. A defesa alega ainda que ele é “profissional exemplar”.

Em agosto, o Ministério da Justiça demitiu os três policiais rodoviários federais envolvidos na abordagem que matou Givanildo por asfixia. Eles foram presos em outubro de 2022 e devem ir a júri popular.

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) enviou ao Ministério da Justiça um pedido para demitir o policial Ronaldo Bandeira, servidor da PRF em Santa Catarina. O pedido é resultado do processo administrativo disciplinar (PAD) aberto contra Bandeira após a revelação de um vídeo em que o policial, que também dá aula em cursinho, ensina os alunos a fazer uma “câmara de gás” em viatura.

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O método descrito por Bandeira é similar ao ocorrido no caso Genivaldo Santos – quando servidores da PRF de Sergipe asfixiaram até a morte um homem de 38 anos ao prendê-lo em uma viatura cheia de gás lacrimogêneo, em 2022.

No vídeo que viralizou em redes sociais, Ronaldo Bandeira aparece em uma sala de aula relatando que usou esse procedimento em uma abordagem, em conjunto com outros policiais. “A gente estava na parte de trás da viatura, ele ainda tentou quebrar o vidro da viatura com chute. Ficou batendo o tempo todo”, conta.

Ele fala, então, que nesse momento a polícia abre o porta-malas e aplica spray de pimenta no camburão. “A pessoa fica mansinha. Daqui um pouco só escutei: ‘Vou morrer! Vou morrer’. Aí eu fiquei com pena, cara. Abri [e falei] assim: ‘Tortura!’, e fechei de novo”, descreveu, rindo. O professor conclui falando: ‘Sacanagem, fiz isso, não”.

Segundo a corregedoria da PRF, a vítima do episódio descrito por Bandeira foi localizada e confirmou as agressões na abordagem. As conclusões enviadas ao Ministério da Justiça pedem a demissão do policial rodoviário com base no episódio de agressão e, também, no relato em sala de aula registrado em vídeo.

Em nota, a defesa de Ronaldo Bandeira afirmou ao jornalistas Camila Bonato e Fábio Amatto, do G1, que vai recorrer da decisão, “bem como irá interpor instrumento judicial contra a decisão que, no olhar da defesa, tem vários erros formais e materiais e em alguns aspectos é abusiva”. A defesa alega ainda que ele é “profissional exemplar”.

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