Reestruturação dos Correios prevê corte de 15 mil postos de trabalho

Demissões voluntárias fazem parte da estratégia para reduzir despesas até 2027
Publicado em 30/12/2025 08h24 | Atualizado há 5 horas

Os Correios anunciaram um amplo plano de reestruturação com foco na redução dos prejuízos acumulados nos últimos anos. A principal medida prevê o fechamento de cerca de 16% das agências próprias em funcionamento no país, o equivalente a aproximadamente mil unidades, das cerca de seis mil existentes atualmente.

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A decisão tem como objetivo diminuir custos operacionais e ajudar a reequilibrar as contas da estatal, que enfrenta déficits sucessivos desde 2022. A expectativa é de uma economia de R$ 2,1 bilhões apenas com o encerramento dessas agências. Mesmo com o fechamento, a empresa afirma que manterá a cobertura em todo o território nacional, utilizando outros pontos de atendimento já existentes por meio de parcerias, que hoje somam cerca de 10 mil unidades.

Além do impacto direto no atendimento presencial, o fechamento das agências deve provocar mudanças na rotina de usuários, especialmente em municípios menores, onde o serviço postal é um dos principais meios de acesso a encomendas e correspondências. A medida faz parte de um esforço maior para conter despesas fixas, consideradas elevadas e pouco flexíveis diante das mudanças no mercado.

O plano de reestruturação também inclui dois programas de demissão voluntária, com previsão de reduzir o quadro de funcionários em cerca de 15 mil pessoas até 2027. A expectativa é diminuir significativamente os gastos com pessoal, que representam a maior parte das despesas da empresa. Benefícios como planos de saúde e previdência complementar também devem passar por revisão, além da venda de imóveis para gerar receita extra.

A crise enfrentada pelos Correios está ligada, principalmente, à queda no volume de correspondências tradicionais, substituídas por meios digitais, e ao aumento da concorrência no setor de encomendas, impulsionado pelo crescimento do comércio eletrônico. Esse cenário reduziu receitas históricas da estatal e ampliou o desequilíbrio financeiro.

Como parte das ações para garantir fôlego no curto prazo, a empresa também recorreu a empréstimos e avalia mudanças no seu modelo de gestão a partir de 2027, incluindo a possibilidade de abertura de capital. A reestruturação é apresentada como necessária para manter a operação, reduzir prejuízos e assegurar a continuidade dos serviços postais em todo o país.

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Brasil

Demissões voluntárias fazem parte da estratégia para reduzir despesas até 2027

Por Jeane Carla

Publicado em 30/12/2025 08h24 | Atualizado há 5 horas

Os Correios anunciaram um amplo plano de reestruturação com foco na redução dos prejuízos acumulados nos últimos anos. A principal medida prevê o fechamento de cerca de 16% das agências próprias em funcionamento no país, o equivalente a aproximadamente mil unidades, das cerca de seis mil existentes atualmente.

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A decisão tem como objetivo diminuir custos operacionais e ajudar a reequilibrar as contas da estatal, que enfrenta déficits sucessivos desde 2022. A expectativa é de uma economia de R$ 2,1 bilhões apenas com o encerramento dessas agências. Mesmo com o fechamento, a empresa afirma que manterá a cobertura em todo o território nacional, utilizando outros pontos de atendimento já existentes por meio de parcerias, que hoje somam cerca de 10 mil unidades.

Além do impacto direto no atendimento presencial, o fechamento das agências deve provocar mudanças na rotina de usuários, especialmente em municípios menores, onde o serviço postal é um dos principais meios de acesso a encomendas e correspondências. A medida faz parte de um esforço maior para conter despesas fixas, consideradas elevadas e pouco flexíveis diante das mudanças no mercado.

O plano de reestruturação também inclui dois programas de demissão voluntária, com previsão de reduzir o quadro de funcionários em cerca de 15 mil pessoas até 2027. A expectativa é diminuir significativamente os gastos com pessoal, que representam a maior parte das despesas da empresa. Benefícios como planos de saúde e previdência complementar também devem passar por revisão, além da venda de imóveis para gerar receita extra.

A crise enfrentada pelos Correios está ligada, principalmente, à queda no volume de correspondências tradicionais, substituídas por meios digitais, e ao aumento da concorrência no setor de encomendas, impulsionado pelo crescimento do comércio eletrônico. Esse cenário reduziu receitas históricas da estatal e ampliou o desequilíbrio financeiro.

Como parte das ações para garantir fôlego no curto prazo, a empresa também recorreu a empréstimos e avalia mudanças no seu modelo de gestão a partir de 2027, incluindo a possibilidade de abertura de capital. A reestruturação é apresentada como necessária para manter a operação, reduzir prejuízos e assegurar a continuidade dos serviços postais em todo o país.

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