Verão, juventude e marquinha: símbolo de liberdade pode esconder riscos à saúde da pele

Santa Catarina lidera índices de câncer de pele no país; especialistas alertam que exposição solar sem proteção na juventude aumenta riscos futuros e reforçam a importância do uso correto de protetor solar e hábitos de skincare.
Publicado em 22/12/2025 14h41 | Atualizado há 7 dias

Nessa época de Temporada, uma questão se manifesta com mais incidência e, ainda assim, recebe pouca prioridade: o câncer de pele. Em termos proporcionais, Santa Catarina é o estado com os maiores índices da doença há mais de uma década e, segundo estudos do Instituto Nacional do Câncer (Inca), esses números vêm aumentando nos últimos anos. Um fator determinante para essa estatística é a grande proporção de pessoas de pele clara no estado, porém o câncer de pele não é exclusivo de pessoas brancas e peles pardas e retintas também correm risco.

Receba notícias da Marazul no WhatsApp: Entrar no grupo

Embora o câncer de pele tenda a se manifestar em idades mais avançadas, o acúmulo de exposição solar na juventude pode criar uma predisposição significativa ao desenvolvimento da doença no futuro. Por isso, é essencial que os jovens compreendam os riscos e adotem medidas de prevenção para não ter que abrir mão das experiências mais tarde. Afinal, é possível aproveitar o verão intensamente e, ainda assim, manter a pele segura? Para entender as consequências da relação dos jovens com o sol, é preciso olhar primeiro para duas perspectivas relacionadas a esse comportamento: a estética e a dermatológica. Embora as tendências do verão estejam fortemente associadas ao bronzeado, ambas reforçam a importância de compreender os hábitos dessa geração e de adotar medidas eficazes de prevenção.

Diferente das gerações anteriores, os jovens de hoje cresceram imersos em conteúdos sobre cuidados com a pele, o que levou muitos a incorporarem esses hábitos mais cedo e a valorizarem tanto a aparência quanto a saúde, incluindo a rotina de skincare. Ainda assim, a exposição ao sol continua frequente e, muitas vezes, sem a proteção adequada.
Como explica a dermatologista Ana Paula Scremin, o bronzeamento é uma resposta de defesa diante da agressão dos raios UV. Em outras palavras, a marca do biquíni que simboliza o verão é também um sinal de lesão na pele. Mesmo a curto prazo, a exposição solar oferece riscos preocupantes, como queimaduras, manchas e agravamento do Melasma, que se manifesta como áreas escurecidas na pele. A longo prazo, os danos se acumulam e podem resultar em envelhecimento precoce, lesões pré-cancerosas, fragilidade e afinamento da pele.

Não existe bronzeamento totalmente saudável, mas é possível minimizar os impactos adotando medidas de proteção, como o uso de protetores com FPS 50+, a aplicação antes de vestir a roupa, a reaplicação ao longo do dia e a evitação do sol entre 10h e 16h. Para quem deseja manter a estética do bronze, uma alternativa mais segura são os autobronzeadores, que conferem cor sem provocar danos reais à pele, como ressalta Ana Paula.
No mesmo ritmo em que o skincare se popularizou entre os jovens, aumentaram também os equívocos na hora de escolher protetores e tratamentos para a pele. Além do cuidado dermatológico, a estética também tem um papel importante nos cuidados de verão, já que envolve escolhas que impactam diretamente a saúde e a aparência da pele.

Para a esteticista Jullye Kato, a avaliação profissional é fundamental para orientar escolhas corretas e evitar o desperdício com produtos inadequados. No dia a dia de skincare, Jullye aponta três itens básicos para qualquer jovem: sabonete, hidratante e protetor solar. Ela também sugere investir em protetores com cor, que funcionam como maquiagem, substituindo a base e oferecendo proteção contra a luz visível. Além disso, a escolha do sabonete deve respeitar a sensibilidade da pele, já que muitos produtos comuns podem causar irritações ou agravar condições existentes.

Mesmo com protetor solar, a pele exposta ao sol fica mais sensível, tornando a hidratação essencial. Especialmente com pele oleosa, a escolha do protetor é crucial, já que a proteção só funciona se aplicada corretamente. Por isso, fórmulas que respeitem a textura da pele e com FPS alto, são tão importantes.

Escrito por: Luiza Kramer e Júlia Kato

Veja também

Temporada de verão

Santa Catarina lidera índices de câncer de pele no país; especialistas alertam que exposição solar sem proteção na juventude aumenta riscos futuros e reforçam a importância do uso correto de protetor solar e hábitos de skincare.

Por Luiza Kramer

Publicado em 22/12/2025 14h41 | Atualizado há 7 dias

Nessa época de Temporada, uma questão se manifesta com mais incidência e, ainda assim, recebe pouca prioridade: o câncer de pele. Em termos proporcionais, Santa Catarina é o estado com os maiores índices da doença há mais de uma década e, segundo estudos do Instituto Nacional do Câncer (Inca), esses números vêm aumentando nos últimos anos. Um fator determinante para essa estatística é a grande proporção de pessoas de pele clara no estado, porém o câncer de pele não é exclusivo de pessoas brancas e peles pardas e retintas também correm risco.

Receba notícias da Marazul no WhatsApp: Entrar no grupo

Embora o câncer de pele tenda a se manifestar em idades mais avançadas, o acúmulo de exposição solar na juventude pode criar uma predisposição significativa ao desenvolvimento da doença no futuro. Por isso, é essencial que os jovens compreendam os riscos e adotem medidas de prevenção para não ter que abrir mão das experiências mais tarde. Afinal, é possível aproveitar o verão intensamente e, ainda assim, manter a pele segura? Para entender as consequências da relação dos jovens com o sol, é preciso olhar primeiro para duas perspectivas relacionadas a esse comportamento: a estética e a dermatológica. Embora as tendências do verão estejam fortemente associadas ao bronzeado, ambas reforçam a importância de compreender os hábitos dessa geração e de adotar medidas eficazes de prevenção.

Diferente das gerações anteriores, os jovens de hoje cresceram imersos em conteúdos sobre cuidados com a pele, o que levou muitos a incorporarem esses hábitos mais cedo e a valorizarem tanto a aparência quanto a saúde, incluindo a rotina de skincare. Ainda assim, a exposição ao sol continua frequente e, muitas vezes, sem a proteção adequada.
Como explica a dermatologista Ana Paula Scremin, o bronzeamento é uma resposta de defesa diante da agressão dos raios UV. Em outras palavras, a marca do biquíni que simboliza o verão é também um sinal de lesão na pele. Mesmo a curto prazo, a exposição solar oferece riscos preocupantes, como queimaduras, manchas e agravamento do Melasma, que se manifesta como áreas escurecidas na pele. A longo prazo, os danos se acumulam e podem resultar em envelhecimento precoce, lesões pré-cancerosas, fragilidade e afinamento da pele.

Não existe bronzeamento totalmente saudável, mas é possível minimizar os impactos adotando medidas de proteção, como o uso de protetores com FPS 50+, a aplicação antes de vestir a roupa, a reaplicação ao longo do dia e a evitação do sol entre 10h e 16h. Para quem deseja manter a estética do bronze, uma alternativa mais segura são os autobronzeadores, que conferem cor sem provocar danos reais à pele, como ressalta Ana Paula.
No mesmo ritmo em que o skincare se popularizou entre os jovens, aumentaram também os equívocos na hora de escolher protetores e tratamentos para a pele. Além do cuidado dermatológico, a estética também tem um papel importante nos cuidados de verão, já que envolve escolhas que impactam diretamente a saúde e a aparência da pele.

Para a esteticista Jullye Kato, a avaliação profissional é fundamental para orientar escolhas corretas e evitar o desperdício com produtos inadequados. No dia a dia de skincare, Jullye aponta três itens básicos para qualquer jovem: sabonete, hidratante e protetor solar. Ela também sugere investir em protetores com cor, que funcionam como maquiagem, substituindo a base e oferecendo proteção contra a luz visível. Além disso, a escolha do sabonete deve respeitar a sensibilidade da pele, já que muitos produtos comuns podem causar irritações ou agravar condições existentes.

Mesmo com protetor solar, a pele exposta ao sol fica mais sensível, tornando a hidratação essencial. Especialmente com pele oleosa, a escolha do protetor é crucial, já que a proteção só funciona se aplicada corretamente. Por isso, fórmulas que respeitem a textura da pele e com FPS alto, são tão importantes.

Escrito por: Luiza Kramer e Júlia Kato
[ivory-search id="89415" title="pesquisa"]