“Pequenos apontamentos sobre a emancipação política de Barra Velha (1861-1961)”, do professor José Carlos Fagundes (Caca Fagundes), é o novo livro de história local – obra de 102 páginas – anunciado pelo principal historiador da cidade.
A obra será oficialmente lançada dia 5 de setembro próximo, e segundo Cacá Fagundes, procura descrever de forma sucinta a luta dos barra-velhenses pela emancipação política, processo deflagrado em 1876, quando a freguesia do Bom Jesus do Parati foi elevada à condição de vila e Barra Velha anexada.
“O desejo dos barra-velhenses de continuar vinculados a São Francisco do Sul ou de ter a sua autonomia política, foi uma das causas da rivalidade entre a sede e o respectivo distrito”, revela Cacá, que mergulhou em intensas pesquisas documentais na última década, levantando fontes e registros históricos para compor esse momento da trajetória da cidade.
O livro, dividido em duas partes, traz na primeira pesquisa histórica, dividida em dois capítulos, informações sobre a jurisdição territorial de Barra Velha ao longo do tempo, a extinção da freguesia original e a criação de uma nova, a freguesia de “Nossa Senhora da Conceição do Tabuleiro grande do Itapocu”, com sede na comunidade do Itapocu (atual Araquari), em 1882. Fagundes revela ainda a liderança do liberal Miguel Soares da Rocha, na defesa dos interesses de Barra Velha.
A importância do “Porto do Sertão” para a economia da região e o rebaixamento do município do Parati em 1923, também são temas decorrentes deste primeiro capítulo, conforme detalha o historiador. Já o segundo capítulo trata da revogação da lei que criou o município de Barra Velha em 1956 e o movimento político subsequente, no sentido da emancipação definitiva, em 1961.
A origem do “Costão dos Náufragos”
A segunda parte da obra trata-se de uma segunda pesquisa, com apontamentos iniciais formando um estudo sobre outro episódio histórico: o sinistro do vapor Pedro 2º em águas barra-velhenses, acidente que forçou o refúgio do “47º Corpo de Voluntários da Pátria da província da Paraíba na freguesia de Barra Velha – fato histórico que deu-se em julho de 1865.
Sobre este conteúdo, foi publicado, pela primeira vez, fragmentos do livro “Diário da Guerra do Paraguai” do comendador “José Campelo de Albuquerque Galvão”, que denominou Barra Velha de o “Paraíso Perdido” (terceiro capítulo). A partir dessa pesquisa, Cacá reconstrói o episódio histórico que deu origem ao episódio dos chamados “náufragos” e que anos mais tarde resultaria no nome de um dos costões de pedras mais visitados pelos turistas, o “Costão dos Náufragos”.
A obra de Fagundes foi prefaciada pela renomada historiadora joinvilense “Raquel S. Thiago” (in memoriam) e a capa traz uma pintura a óleo do centro do distrito em 1938, da artista plástica Everli Unterstel. A impressão e acabamento foi feito pela “P” Print Park, gráfica editora de Guarulhos, São Paulo.
“Pequenos Apontamentos sobre a emancipação política de Barra Velha (1861-1961)” é o sexto livro do autor, que participou da publicação de muitos outros como colaborador. Fagundes é professor efetivo, lotado na secretaria municipal de educação (projeto Escola do Mar), membro emérito da Academia de Letras do Brasil, Seccional Barra Velha e por muito tempo escreveu para os principais jornais impressos da cidade (Correio do Litoral e Folha Parati).
Serviço:
Lançamento do livro: 05/09/2025 (sexta–feira)
Local: Vila Açoriana (Festa Nacional do Pirão)
Horário: 19h30
Preço Unitário do Livro: 40 reais
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Imagens: DIVULGAÇÃO / MARAZUL.