Apenas 48 dias após a inauguração, o Centro de Hidratação de Barra Velha — aberto para atender casos de dengue e viroses — terá suas portas fechadas. O anúncio foi feito nesta terça-feira pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, e gerou questionamentos sobre o encerramento precoce da unidade inaugurada em 17 de março.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Barra Velha informou que a abertura deste Centro de Hidratação foi uma recomendação da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Estado de Santa Catarina. Segundo essas informações, no mesmo período, entre março e maio do ano passado, foram registrados aproximadamente 2.100 casos de dengue e também gastroenterite. Já neste ano, no mesmo período, foram aproximadamente 390 casos, uma queda que justifica a necessidade de fechar esse Centro de Hidratação.
Com isso, o Centro de Hidratação, localizado na rua Antenor Joaquim de Goes, no Centro, atenderá até sexta-feira, dia 10. Quem explica mais sobre o motivo do fechamento é a médica e responsável técnica pelo Pronto Atendimento, Marina Betiollo
“Apesar de termos passado pelos meses de pico da dengue e das gastroenterites, não tivemos nenhum caso grave com desfecho negativo. Todos os pacientes identificados com dengue tipo C foram imediatamente transferidos para o PA e para o hospital de referência. Assim, conseguimos atravessar esse período de maior infecção sem nenhum quadro grave, pois todos foram identificados a tempo e tratados adequadamente”, destacou Marina.
De acordo com informações da Divisão de Vigilância Epidemiológica, o número apresentado neste ano é 82% menor do registrado no ano passado.
Nos bastidores, informações extraoficiais apuradas pela equipe de jornalismo da Rádio Marazul indicam que a Unidade de Hidratação instalada em Barra Velha não teve a adesão esperada. Há registros de plantões com menos de 10 atendimentos diários, mesmo diante do aumento de casos de dengue no município.
Enquanto isso, muitos pacientes continuaram procurando o Pronto Atendimento para relatar sintomas como febre, dor no corpo e mal-estar, o que sobrecarrega a estrutura de urgência e emergência. A reportagem segue acompanhando o cenário da saúde pública na cidade.
Reportagem – Alan Rosa.
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