Avançam os trâmites para implantação do método Wolbachia contra a dengue no litoral norte

Publicado em 08/04/2025 08h17 | Atualizado há 78 dias

Balneário Camboriú já deu início aos trabalhos para cumprir as exigências apontadas pelo Ministério da Saúde no Termo de Cooperação Técnica para a implantação do Método Wolbachia no município. As diretrizes e contrapartidas apontadas no documento começaram a ser discutidas na última semana, quando o município recebeu o documento. Esse método tem como objetivo combater doenças como a dengue, zika, chikungunya e febre amarela, a partir da introdução da bactéria Wolbachia nos mosquitos Aedes aegypti.

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“Na oportunidade, o Ministério da Saúde nos apresentou os mapas elaborados para comparação e considerações para a escolha das prováveis áreas de aplicação. Além disso, foi solicitado ao município vários dados, como extensão territorial, população de cada área, densidade populacional, entre outros”, explicou o diretor de Vigilância Ambiental, David Cruz.

O diretor afirma que já deu início ao trabalho para atender todas as solicitações do Ministério da Saúde. “Estamos com bastante demandas já encaminhadas. Nossa previsão é que a implementação inicie em agosto, já com a soltura dos wolbitos”, anunciou.

A secretária de Saúde, Aline Leal, ressalta a importância de se adotar o método em Balneário Camboriú. “O Wolbachia é uma ferramenta nova e muito eficaz no combate à dengue e a outras doenças transmitidas pelos Aedes aegypti. Ficamos muito felizes quando fomos selecionados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para receber a implementação. Desde o convite, em fevereiro, estamos mobilizados nas tratativas”, ressaltou.

O método

O Método Wolbachia tem como objetivo combater doenças como a dengue, zika, chikungunya e febre amarela. A estratégia contempla a introdução da bactéria Wolbachia nos mosquitos Aedes aegypti. Esta bactéria está presente em 60% dos insetos da natureza e não causa danos aos humanos. A Wolbachia impede que os vírus das doenças se desenvolvam dentro dos insetos, contribuindo para redução dos casos.

Sendo assim, a prática consiste na liberação de Aedes aegypti com Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais, estabelecendo, aos poucos, uma nova população destes mosquitos, todos com Wolbachia.

Com o tempo, a porcentagem de mosquitos que carregam a Wolbachia aumenta, até que permaneça estável, sem a necessidade de novas liberações. Este efeito torna o método auto sustentável e uma intervenção acessível a longo prazo. Não há qualquer modificação genética no Método Wolbachia do WMP, nem no mosquito, nem na Wolbachia.

Joinville foi o primeiro município do estado a ser contemplado com o método e será na Biofábrica da cidade que serão produzidos os “Wolbitos” para serem enviados à Balneário Camboriú.

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Foto: DIVULGAÇÃO / PMBC.

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“Na oportunidade, o Ministério da Saúde nos apresentou os mapas elaborados para comparação e considerações para a escolha das prováveis áreas de aplicação. Além disso, foi solicitado ao município vários dados, como extensão territorial, população de cada área, densidade populacional, entre outros”, explicou o diretor de Vigilância Ambiental, David Cruz.

O diretor afirma que já deu início ao trabalho para atender todas as solicitações do Ministério da Saúde. “Estamos com bastante demandas já encaminhadas. Nossa previsão é que a implementação inicie em agosto, já com a soltura dos wolbitos”, anunciou.

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O método

O Método Wolbachia tem como objetivo combater doenças como a dengue, zika, chikungunya e febre amarela. A estratégia contempla a introdução da bactéria Wolbachia nos mosquitos Aedes aegypti. Esta bactéria está presente em 60% dos insetos da natureza e não causa danos aos humanos. A Wolbachia impede que os vírus das doenças se desenvolvam dentro dos insetos, contribuindo para redução dos casos.

Sendo assim, a prática consiste na liberação de Aedes aegypti com Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais, estabelecendo, aos poucos, uma nova população destes mosquitos, todos com Wolbachia.

Com o tempo, a porcentagem de mosquitos que carregam a Wolbachia aumenta, até que permaneça estável, sem a necessidade de novas liberações. Este efeito torna o método auto sustentável e uma intervenção acessível a longo prazo. Não há qualquer modificação genética no Método Wolbachia do WMP, nem no mosquito, nem na Wolbachia.

Joinville foi o primeiro município do estado a ser contemplado com o método e será na Biofábrica da cidade que serão produzidos os “Wolbitos” para serem enviados à Balneário Camboriú.

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