Cortejo das Bandeiras do Divino: fé e emoção iniciam por São João do Itaperiú

Publicado em 08/04/2024 18h35

A emoção popular e a fé no Divino Espírito Santo, mais uma vez, estão nas ruas de Barra Velha e São João de Itaperiú. O cortejo das Bandeiras do Divino iniciou dia 1º de abril sob o comando do casal de imperadores Cleanice Tamanini Borba e Salvio Borba, que juntos dos foliões (tocadores tradicionais das cantorias do Divino), visitam as comunidades para os encontros desta celebração de fé católica.

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Até o próximo dia 8 de maio, as visitações ocorrem nas comunidades dos dois municípios. Neste dia 9, terça-feira, as visitas serão na comunidade de São João Batista, em São João do Itaperiú, onde a bandeira começou e permanece até o próximo dia 11.

A partir do dia 12 de abril, a bandeira começa a peregrinar por Barra Velha. A localidade escolhida foi o Sertãozinho, na comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, seguida dia 13 pela comunidade de São Francisco de Assis, no bairro Itinga, dia 16 na Nossa Senhora Imaculada Conceição, na Vila Nova, dia 17 na comunidade Cristo Rei do Rio Novo, e no dia 18 na comunidade de São Sebastião de Medeiros.

A bandeira e seus devotos vão para Itajuba a partir do próximo dia 19 de abril e percorre a comunidade do Senhor Bom Jesus, dias 19 e dia 20. A comunidade Nossa Senhora Rainha da Paz, em Pedras Brancas, também em Itajuba, recebe a visita de fé dia 23, e dali, o cortejo segue para o São Cristóvão, onde fica nesta comunidade dias 24 e 25.

A partir do dia 26 é a vez da Quinta dos Açorianos, na comunidade São Pedro Apóstolo. No dia 27 a bandeira vai para a comunidade da Matriz Divino Espírito Santo, a partir do bairro Icaraí, e permanece na área central de Barra Velha até o dia 8 de maio, com passagens pelo Los Angeles, no dia 30.

Segundo Sálvio e Cleanice, do dia 1º de maio e do dia 2 ao dia 8, a peregrinação de fé permanece no centro da cidade. Os organizadores convidam a todos para viver a tradição e a emoção desta religiosidade.

A Festa do Divino 2024 será de 18 a 20 de maio, e as concorridas novenas preparatórias serão do dia 9 até o 17, na Matriz de Vim e Espírito Santo.

Um pouco de história

Segundo o historiador Juliano Bernardes, diretor cultural da Irmandade do Divino de Barra Velha, principal pesquisador da tradição, já são comemoramos os 276 anos de colonização açoriana em Santa Catarina – de onde vem a origem da celebração.

“A partir da chegada dos açorianos e de habitantes de outras ilhas de Portugal, incentivadas pelo governo brasileiro, diversas localidades passaram a celebrar a Festa do Divino, mas foi no litoral que os açorianos se estabeleceram de forma mais intensa”, observa Juliano.

“Florianópolis concentra diversas festividades ao Divino e cidades como Barra Velha, Penha, Itajaí, Camboriú, Laguna, Imbituba, Jaguaruna e Santo Amaro da Imperatriz, além de São José, Palhoça, Blumenau, Garopaba e Tijucas.

Ainda de acordo com Juliano, a Bandeira do Divino tem seus registros em Barra Velha organizados inicialmente pela família de Joaquim Alves da Silva, considerado o fundador da cidade, há dois séculos.

A tradição oral enfatiza que Dom Pedro 2º e a Imperatriz Dona Thereza Christina, em visita à Província de Santa Catarina em 1845, foram convidados a participar dos festejos em Barra Velha. Na impossibilidade de comparecer, o Imperador enviou um casal de nobres para representá-los.

“As fontes documentais indicam a ocorrência da Festa do Divino Espírito Santo em Barra Velha desde 1918, sob os cuidados da família Borba, entretanto, sabe-se que sua origem é mais remota”, reforça Juliano.

Os familiares de Sinval Moura foram também guardiões dos símbolos das festas anteriores a 1918 – uma pombinha de metal e um estandarte de veludo vermelho onde está bordado o Espírito Santo.

Atualmente, essas peças podem ser visitadas na Matriz de Barra Velha, juntamente com as coroas e bandeiras utilizadas nas festas atuais. As fontes documentais e orais a partir de 1918 tornam-se mais precisas, quando Pedro Francisco Borba Coelho assumiu a responsabilidade das festas e zelo pelos símbolos, tradição mantida pelas novas gerações.

Desde 1918, somente em 1940 (2ª Guerra Mundial) e em 1990 (falecimento do Pároco Frei Libório Schimidt) a festa não foi celebrada, segundo o Pedro Jeremias Borba, o Pia, responsável pela Irmandade. O pároco de Barra Velha na festa de 2024 é o padre Dálcio Bonomini.

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Publicado em 08/04/2024 18h35

A emoção popular e a fé no Divino Espírito Santo, mais uma vez, estão nas ruas de Barra Velha e São João de Itaperiú. O cortejo das Bandeiras do Divino iniciou dia 1º de abril sob o comando do casal de imperadores Cleanice Tamanini Borba e Salvio Borba, que juntos dos foliões (tocadores tradicionais das cantorias do Divino), visitam as comunidades para os encontros desta celebração de fé católica.

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Até o próximo dia 8 de maio, as visitações ocorrem nas comunidades dos dois municípios. Neste dia 9, terça-feira, as visitas serão na comunidade de São João Batista, em São João do Itaperiú, onde a bandeira começou e permanece até o próximo dia 11.

A partir do dia 12 de abril, a bandeira começa a peregrinar por Barra Velha. A localidade escolhida foi o Sertãozinho, na comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, seguida dia 13 pela comunidade de São Francisco de Assis, no bairro Itinga, dia 16 na Nossa Senhora Imaculada Conceição, na Vila Nova, dia 17 na comunidade Cristo Rei do Rio Novo, e no dia 18 na comunidade de São Sebastião de Medeiros.

A bandeira e seus devotos vão para Itajuba a partir do próximo dia 19 de abril e percorre a comunidade do Senhor Bom Jesus, dias 19 e dia 20. A comunidade Nossa Senhora Rainha da Paz, em Pedras Brancas, também em Itajuba, recebe a visita de fé dia 23, e dali, o cortejo segue para o São Cristóvão, onde fica nesta comunidade dias 24 e 25.

A partir do dia 26 é a vez da Quinta dos Açorianos, na comunidade São Pedro Apóstolo. No dia 27 a bandeira vai para a comunidade da Matriz Divino Espírito Santo, a partir do bairro Icaraí, e permanece na área central de Barra Velha até o dia 8 de maio, com passagens pelo Los Angeles, no dia 30.

Segundo Sálvio e Cleanice, do dia 1º de maio e do dia 2 ao dia 8, a peregrinação de fé permanece no centro da cidade. Os organizadores convidam a todos para viver a tradição e a emoção desta religiosidade.

A Festa do Divino 2024 será de 18 a 20 de maio, e as concorridas novenas preparatórias serão do dia 9 até o 17, na Matriz de Vim e Espírito Santo.

Um pouco de história

Segundo o historiador Juliano Bernardes, diretor cultural da Irmandade do Divino de Barra Velha, principal pesquisador da tradição, já são comemoramos os 276 anos de colonização açoriana em Santa Catarina – de onde vem a origem da celebração.

“A partir da chegada dos açorianos e de habitantes de outras ilhas de Portugal, incentivadas pelo governo brasileiro, diversas localidades passaram a celebrar a Festa do Divino, mas foi no litoral que os açorianos se estabeleceram de forma mais intensa”, observa Juliano.

“Florianópolis concentra diversas festividades ao Divino e cidades como Barra Velha, Penha, Itajaí, Camboriú, Laguna, Imbituba, Jaguaruna e Santo Amaro da Imperatriz, além de São José, Palhoça, Blumenau, Garopaba e Tijucas.

Ainda de acordo com Juliano, a Bandeira do Divino tem seus registros em Barra Velha organizados inicialmente pela família de Joaquim Alves da Silva, considerado o fundador da cidade, há dois séculos.

A tradição oral enfatiza que Dom Pedro 2º e a Imperatriz Dona Thereza Christina, em visita à Província de Santa Catarina em 1845, foram convidados a participar dos festejos em Barra Velha. Na impossibilidade de comparecer, o Imperador enviou um casal de nobres para representá-los.

“As fontes documentais indicam a ocorrência da Festa do Divino Espírito Santo em Barra Velha desde 1918, sob os cuidados da família Borba, entretanto, sabe-se que sua origem é mais remota”, reforça Juliano.

Os familiares de Sinval Moura foram também guardiões dos símbolos das festas anteriores a 1918 – uma pombinha de metal e um estandarte de veludo vermelho onde está bordado o Espírito Santo.

Atualmente, essas peças podem ser visitadas na Matriz de Barra Velha, juntamente com as coroas e bandeiras utilizadas nas festas atuais. As fontes documentais e orais a partir de 1918 tornam-se mais precisas, quando Pedro Francisco Borba Coelho assumiu a responsabilidade das festas e zelo pelos símbolos, tradição mantida pelas novas gerações.

Desde 1918, somente em 1940 (2ª Guerra Mundial) e em 1990 (falecimento do Pároco Frei Libório Schimidt) a festa não foi celebrada, segundo o Pedro Jeremias Borba, o Pia, responsável pela Irmandade. O pároco de Barra Velha na festa de 2024 é o padre Dálcio Bonomini.

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