Homem é agredido após tentar pegar Ferry-boat em Itajaí: “Me senti humilhado”

Publicado em 16/05/2022 20h11

Um vídeo divulgado nas redes sociais tem dado o que falar desde esta última semana. Nele, funcionários do Ferry-Boat entre Itajaí e Navegantes agridem um homem que supostamente não queria realizar o pagamento para realizar a travessia entre as cidades.
O homem em questão é o programador Alexandre Canes, de 41 anos. Em entrevista exclusiva a reportagem da Rede Marazul, ele conta que estava voltando para Itajaí no dia 27 de março, por volta das 23h30, depois de um longo dia de trabalho em Navegantes com sua esposa, que está grávida de seis meses, e com a filha de um ano. E, como estava muito cansado, decidiu pegar o Ferry-Boat.

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E aí que começou o problema. Atualmente, o Ferry que liga as cidades não possui máquina de cartão e nem aceita a tecnologia do PIX. E, ao chegar para passar para o outro lado, Alexandre percebeu que não tinha dinheiro físico na carteira. Segundo informações dos funcionários, há uma placa informando que não aceita outras formas de pagamento a não ser dinheiro. “Eu de fato não vi a placa. Alguns dias depois voltei para Navegantes à noite para ver a tal da placa e a iluminação é precária. Com certeza turistas são pegos de surpresa”, relata Alexandre.

E, mesmo tentando procurar alguma solução, a confusão se instalou. De acordo com ele, a partir desse fato, os funcionários do Ferry-Boat cercaram o seu carro começaram a bater no capô e nos vidros cobrando o pagamento. No vídeo divulgado nas redes sociais, é possível perceber que um homem de camisa azul se exalta e tenta agredir Alexandre. “Em nenhum momento eles tentaram pacificar a situação. Além daquele trecho do vídeo, também fui agredido outras duas vezes”, diz a vítima.

Na presença da família, Alexandre conta que se sentiu humilhado e coagido. “Minha filhinha todo o tempo chorava no carro após as agressões.” A situação só foi resolvida após horas depois, já na madrugada do outro dia, com a presença da Polícia Militar. Um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado pela vítima.

Abaixo assinado

Por conta da falta de alternativas de pagamento, a associação Unidos por Itajaí está realizando um abaixo assinado para que o Ferry-Boat comece a aceitar pagamento via cartão e PIX. Ao todo, a organização já conseguiu coletar 10 mil assinaturas para a causa. Além disso, um dos responsáveis pela organização, Patrick Dauer, conta que além da implantação das tecnologias, o abaixo assinado busca a travessia gratuita para pedestres e ciclistas. “Sabemos que muitas pessoas hoje estão passando dificuldades por conta da pandemia da Covid-19 e, quando iniciou o serviço do Ferry-Boat, era só pago a taxa de veículo”, relata.

De acordo com Patrick, sua mãe possui uma padaria em frente a balsa do Ferry-Boat e diversas pessoas pedem para passar cartão ou PIX porque não possuem dinheiro físico para pagar o ferry boat. Desta forma, a associação estará promovendo uma manifestação na frente do Ferry Boat no próximo sábado (21), às 9 horas da manhã.

O outro lado

Em nota, a NGI, empresa responsável pela administração do Ferry-Boat, disse que o vídeo divulgado nas redes sociais foi editado e que o homem de camisa azul que aparece no vídeo agredindo Alexandre não é funcionário da empresa. Confira a nota completa abaixo:

Em relação a um vídeo que vem circulando nas redes sociais, a NGI Sul esclarece. Esta ocorrência foi registrada há mais de 30 dias, no período noturno, quando um usuário negou-se a pagar a tarifa da travessia de carros, alegando que só teria cartão. A empresa esclarece que o pagamento no embarque só é aceito em dinheiro em espécie, podendo o usuário comprar passe através de cartão de débito ou Pix no escritório da empresa, na modalidade compra antecipada.

O vídeo em questão foi editado. O cidadão que aparece na segunda parte (de camiseta azul), era um segundo usuário e não funcionário da empresa. O carro de onde a filmagem era feita, colidiu na traseira do carro à frente, motivo que gerou a discussão.

A NGI esclarece que vem tendo tratativas com a Secretaria de Estado da Infraestrutura para a implantação da bilhetagem eletrônica, para então aceitar outras formas de pagamento. Porém, a questão é impedida pelo “passe livre”, benefício concedido pelo Estado.”

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Homem é agredido após tentar pegar Ferry-boat em Itajaí: “Me senti humilhado”

Em vídeo divulgado nas redes sociais, funcionários do Ferry Boat que liga Itajaí e Navegantes
Publicado em 16/05/2022 20h11

Um vídeo divulgado nas redes sociais tem dado o que falar desde esta última semana. Nele, funcionários do Ferry-Boat entre Itajaí e Navegantes agridem um homem que supostamente não queria realizar o pagamento para realizar a travessia entre as cidades.
O homem em questão é o programador Alexandre Canes, de 41 anos. Em entrevista exclusiva a reportagem da Rede Marazul, ele conta que estava voltando para Itajaí no dia 27 de março, por volta das 23h30, depois de um longo dia de trabalho em Navegantes com sua esposa, que está grávida de seis meses, e com a filha de um ano. E, como estava muito cansado, decidiu pegar o Ferry-Boat.

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E aí que começou o problema. Atualmente, o Ferry que liga as cidades não possui máquina de cartão e nem aceita a tecnologia do PIX. E, ao chegar para passar para o outro lado, Alexandre percebeu que não tinha dinheiro físico na carteira. Segundo informações dos funcionários, há uma placa informando que não aceita outras formas de pagamento a não ser dinheiro. “Eu de fato não vi a placa. Alguns dias depois voltei para Navegantes à noite para ver a tal da placa e a iluminação é precária. Com certeza turistas são pegos de surpresa”, relata Alexandre.

E, mesmo tentando procurar alguma solução, a confusão se instalou. De acordo com ele, a partir desse fato, os funcionários do Ferry-Boat cercaram o seu carro começaram a bater no capô e nos vidros cobrando o pagamento. No vídeo divulgado nas redes sociais, é possível perceber que um homem de camisa azul se exalta e tenta agredir Alexandre. “Em nenhum momento eles tentaram pacificar a situação. Além daquele trecho do vídeo, também fui agredido outras duas vezes”, diz a vítima.

Na presença da família, Alexandre conta que se sentiu humilhado e coagido. “Minha filhinha todo o tempo chorava no carro após as agressões.” A situação só foi resolvida após horas depois, já na madrugada do outro dia, com a presença da Polícia Militar. Um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado pela vítima.

Abaixo assinado

Por conta da falta de alternativas de pagamento, a associação Unidos por Itajaí está realizando um abaixo assinado para que o Ferry-Boat comece a aceitar pagamento via cartão e PIX. Ao todo, a organização já conseguiu coletar 10 mil assinaturas para a causa. Além disso, um dos responsáveis pela organização, Patrick Dauer, conta que além da implantação das tecnologias, o abaixo assinado busca a travessia gratuita para pedestres e ciclistas. “Sabemos que muitas pessoas hoje estão passando dificuldades por conta da pandemia da Covid-19 e, quando iniciou o serviço do Ferry-Boat, era só pago a taxa de veículo”, relata.

De acordo com Patrick, sua mãe possui uma padaria em frente a balsa do Ferry-Boat e diversas pessoas pedem para passar cartão ou PIX porque não possuem dinheiro físico para pagar o ferry boat. Desta forma, a associação estará promovendo uma manifestação na frente do Ferry Boat no próximo sábado (21), às 9 horas da manhã.

O outro lado

Em nota, a NGI, empresa responsável pela administração do Ferry-Boat, disse que o vídeo divulgado nas redes sociais foi editado e que o homem de camisa azul que aparece no vídeo agredindo Alexandre não é funcionário da empresa. Confira a nota completa abaixo:

Em relação a um vídeo que vem circulando nas redes sociais, a NGI Sul esclarece. Esta ocorrência foi registrada há mais de 30 dias, no período noturno, quando um usuário negou-se a pagar a tarifa da travessia de carros, alegando que só teria cartão. A empresa esclarece que o pagamento no embarque só é aceito em dinheiro em espécie, podendo o usuário comprar passe através de cartão de débito ou Pix no escritório da empresa, na modalidade compra antecipada.

O vídeo em questão foi editado. O cidadão que aparece na segunda parte (de camiseta azul), era um segundo usuário e não funcionário da empresa. O carro de onde a filmagem era feita, colidiu na traseira do carro à frente, motivo que gerou a discussão.

A NGI esclarece que vem tendo tratativas com a Secretaria de Estado da Infraestrutura para a implantação da bilhetagem eletrônica, para então aceitar outras formas de pagamento. Porém, a questão é impedida pelo “passe livre”, benefício concedido pelo Estado.”

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