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Após suspeitas de irregularidades, leilão para compra de arroz importado é anulado, CPI será aberta


11 de junho de 2024 por
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O governo federal anunciou nesta terça-feira, 11, a anulação de lotes arrematados no leilão de compra pública de arroz importado e beneficiado, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na quinta-feira, 6, após suspeitas de irregularidades. A anulação foi feita por indícios de falta de capacidade técnica e financeira das empresas em honrar os compromissos.

O Deputado Federal Rafael Pezenti (MDB) de Santa Catarina, que defende o agronegócio, gravou um vídeo comentando a situação e afirmou que uma CPI será aberta para investigar irregularidades.

O anúncio da anulação ocorreu após Pretto e os ministros do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e da Agricultura, Carlos Fávaro, se reunirem com o presidente Lula nesta manhã. Segundo Teixeira, a maioria das empresas que participaram do leilão demonstraram fragilidade financeira em operar o montante de dinheiro.

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“A partir da revelação de quem são essas empresas, começaram os questionamentos se verdadeiramente essas empresas teriam capacidade técnica e financeira de honrar os compromissos de um volume expressivo de dinheiro público”, afirmou o presidente da Conab, Edegar Pretto, em coletiva de imprensa.

Novo leilão
Conforme o presidente da Conab, a companhia pretende fazer um novo leilão de arroz, mas com ferramentas que já garantam que as empresas contratadas terão capacidade técnica e financeira. A data do novo leilão, contudo, não está definida.

“Vamos revisitar os mecanismos estabelecidos para esses leilões com apoio da Controladoria-Geral da União, da Advocacia-Geral da União, e pretendemos fazer um novo leilão, quem sabe em outros modelos para que a gente possa ter garantias que vamos contratar empresas que terão capacidade técnica e financeira”, comentou.

O ministro comunicou também a demissão do então secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, o ex-deputado e ex-ministro Neri Geller. Fávaro afirmou que o secretário pediu demissão nesta manhã, que foi aceita. O ex-deputado entrou na mira do Palácio do Planalto após o fracasso do leilão de arroz.

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