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Rodoviária de Barra Velha ameaçada de fechamento: prazo da concessão encerra dia 26 deste mês

Publicado em 20/04/2021 12h02

Barra Velha terá um novo problema a resolver dentro de poucos dias: o término de concessão do Terminal Rodoviário Raimundo José Aguiar, no centro da cidade. Isso porque a empresa São Paulo Incorporadora solicitou às empresas de viação instaladas no terminal que desocupem o espaço devido ao prazo, que finaliza dia 26 deste mês.

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O impasse faz com que surja uma instabilidade na cidade nos próximos dias, afinal, o Município pode ficar sem sua rodoviária. Extra-oficialmente, o Jornalismo Marazul apurou que não há mais interesse dos herdeiros do construtor e proprietário do terminal, Tito Gornicki, em permanecer com a rodoviária.

O imóvel – uma ampla construção inaugurada em 1991, na Avenida Governador Celso Ramos – também tem destino incerto. A Marazul tentou apurar com quem ficará o imóvel, sem sucesso. Na São Paulo Incorporadora, a ordem é não falar sobre o assunto. O contato dos advogados que representam a empresa – profissionais da cidade de São Paulo, SP – foi repassado, mas eles não retornaram aos contatos do Jornalismo.

O silêncio da empresa se vai mesmo fechar o empreendimento – que hoje conta com duas salas comerciais para a venda de passagens e uma lanchonete – também preocupa a Administração Municipal de Barra Velha. Atualmente, a rodoviária tem dez empresas revendedoras de passagens nestas duas salas comerciais – viações como a Eucatur, Catarinense, Viasul, Canarinho e outras.

A media de busca por passageiros no local era por 120 horários por dia, antes da pandemia. Agora, segundo também apurou a Marazul, gira em torno de 30 a 40 horários, o que aumenta nos finais de semana, feriadões e principalmente, na alta temporada.

O prefeito Douglas Elias da Costa está preocupado com a situação. Ele alegou tentar também uma negociação com os proprietários, e falou das alternativas em estudo para ou manter o espaço ou encontrar um novo local.

“Nós estamos vendo um imóvel na Avenida Thiago Aguiar e conversamos também com a família Maiochi, dos postos Maiochi, para deslocar a rodoviária para um desses pontos. Mas há a questão da altura da passagem sob o viaduto do Sertãozinho; tem a distância do centro”, destacou o prefeito.

O prefeito não descarta em pedir judicialmente uma ampliação de prazo, e fala sobre a proposta de que o Município pudesse locar o terminal: “O valor venal do imóvel, para uma eventual indenização, ficou maior do que imaginávamos, e teríamos que dar 20% de adiantamento, sem falar nas melhorias e investimentos para adaptar o imóvel”, considera ele.

CICLO HISTÓRICO ENCERRA

O fim da concessão encerra de certa forma um ciclo na história do que já foi considerado o mais moderno terminal rodoviário do estado. Em 30 de julho de 1991, o então governador Vilson Kleinubing e seu vice, Antônio Carlos Konder Reis, vieram pessoalmente inaugurar o prédio junto do ex-prefeito José Brugnago e de Tito Gornicki, que contava com restaurante, lanchonete, salas comerciais individuais, boxes de estacionamento e uma boate de excelente padrão.

O prédio, entretanto, nunca “decolou” comercialmente, e as salas foram fechando até serem alteradas para um só espaço. Restaurante e boate acabaram fechando, e espaço resumido apenas a uma lanchonete menor que a original e duas salas para venda de passagens.

Boxes de entrada dos ônibus no terminal atual, junto da lanchonete, únicos espaços ainda em
funcionamento do que já foi o mais amplo e moderno terminal rodoviário do Estado. Foto Juvan Neto.
Tito Gornick, Thiago Aguiar e Vilson Kleinubing descerram fita do terminal em 1991. Foto do acervo do historiador Juliano Bernardes, publicada na época pelo jornal Espaço Popular.
Thiago Aguiar e Vilson Kleinubing na inauguração em 1991. Foto do acervo do historiador Juliano Bernardes, publicada na época pelo jornal Espaço Popular.

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O imóvel – uma ampla construção inaugurada em 1991, na Avenida Governador Celso Ramos – também tem destino incerto. A Marazul tentou apurar com quem ficará o imóvel, sem sucesso. Na São Paulo Incorporadora, a ordem é não falar sobre o assunto. O contato dos advogados que representam a empresa – profissionais da cidade de São Paulo, SP – foi repassado, mas eles não retornaram aos contatos do Jornalismo.

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A media de busca por passageiros no local era por 120 horários por dia, antes da pandemia. Agora, segundo também apurou a Marazul, gira em torno de 30 a 40 horários, o que aumenta nos finais de semana, feriadões e principalmente, na alta temporada.

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“Nós estamos vendo um imóvel na Avenida Thiago Aguiar e conversamos também com a família Maiochi, dos postos Maiochi, para deslocar a rodoviária para um desses pontos. Mas há a questão da altura da passagem sob o viaduto do Sertãozinho; tem a distância do centro”, destacou o prefeito.

O prefeito não descarta em pedir judicialmente uma ampliação de prazo, e fala sobre a proposta de que o Município pudesse locar o terminal: “O valor venal do imóvel, para uma eventual indenização, ficou maior do que imaginávamos, e teríamos que dar 20% de adiantamento, sem falar nas melhorias e investimentos para adaptar o imóvel”, considera ele.

CICLO HISTÓRICO ENCERRA

O fim da concessão encerra de certa forma um ciclo na história do que já foi considerado o mais moderno terminal rodoviário do estado. Em 30 de julho de 1991, o então governador Vilson Kleinubing e seu vice, Antônio Carlos Konder Reis, vieram pessoalmente inaugurar o prédio junto do ex-prefeito José Brugnago e de Tito Gornicki, que contava com restaurante, lanchonete, salas comerciais individuais, boxes de estacionamento e uma boate de excelente padrão.

O prédio, entretanto, nunca “decolou” comercialmente, e as salas foram fechando até serem alteradas para um só espaço. Restaurante e boate acabaram fechando, e espaço resumido apenas a uma lanchonete menor que a original e duas salas para venda de passagens.

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