Após cinco mortes, professores de Navegantes denunciam Prefeitura por suposta obstrução de aulas remotas

Publicado em 06/04/2021 11h35

Os servidores da Educação de Navegantes que estão aderindo à greve parcial das atividades presenciais estariam sendo impedidos de lecionar em aulas remotamente. Ontem, segunda-feira, dia 5 de abril, os profissionais teriam inclusive sido avisados por diretores de escolas municipais que a orientação da Secretaria de Educação local é de impedir a aula remota – o que ampliou o receio dos trabalhadores após as cinco mortes de profissionais da educação registradas na cidade.

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A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores da Foz do Itajaí-açu, o Sindifoz, que informou que esse tipo de atitude do governo de Navegantes visa impedir o servidor de exercer o seu direito constitucional de greve, em uma tentativa clara de coagir o servidor a exercer uma parada parcial das atividades – já que os professores não se negam a atuar remotamente, mas estão com receio da infecção nas aulas presenciais – e também dificultando que os alunos tenham acesso às atividades do seu professor.

Em Itajaí, segundo Francisco Johanssen, presidente do Sindifoz, durante os 12 dias de greve das atividades presenciais, práticas como essa não foram adotadas pelo governo municipal itajaiense –, muito pelo contrário, as escolas inseriram os servidores nas rotinas de trabalho das unidades.

No caso do município de Itajaí, diante da gravidade da situação e do movimento dos servidores em greve, o governo optou por antecipar o recesso escolar como medida para evitar as aulas presenciais no momento mais grave da pandemia, instituindo recesso de 30 dias até dia 1º de maio.

Infelizmente, segundo Francisco, Navegantes estaria na contramão dessa medida e, ao tentar forçar servidores ao trabalho presencial mesmo sem demanda de alunos nas escolas, etária agindo de forma irresponsável.

Além de quatro professoras mortas, a própria secretária Marília Soares foi vitimada pela doença, e vários outros servidores e membros da comunidade escolar estão infectados desde que as aulas presenciais foram retomadas.

A Secretaria de Educação se posicionou ao Jornalismo Marazul afirmando que nenhum servidor público da pasta está impedido de trabalhar. Juridicamente, segundo a Prefeitura, se os servidores estão em greve, não há como esses profissionais trabalhar remotamente.

As aulas presenciais estão mantidas em Navegantes, pois o Governo do Estado, em lei aprovada em 2020, estabelece a educação como serviço essencial e o Município não poderia interrompê-lo, pois não há amparo na lei.

Itajaí, que antecipou o recesso escolar, segundo Navegantes, está sendo questionado pelo MPSC justamente pela atividade ser considerada essencial.

Professores da rede municipal exigem prioridade na vacinação. Foto Arquivo.

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Após cinco mortes, professores de Navegantes denunciam Prefeitura por suposta obstrução de aulas remotas

Denúncia foi feita pelo Sindifoz; Prefeitura navegantina nega acusações e diz que não há como
Publicado em 06/04/2021 11h35

Os servidores da Educação de Navegantes que estão aderindo à greve parcial das atividades presenciais estariam sendo impedidos de lecionar em aulas remotamente. Ontem, segunda-feira, dia 5 de abril, os profissionais teriam inclusive sido avisados por diretores de escolas municipais que a orientação da Secretaria de Educação local é de impedir a aula remota – o que ampliou o receio dos trabalhadores após as cinco mortes de profissionais da educação registradas na cidade.

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A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores da Foz do Itajaí-açu, o Sindifoz, que informou que esse tipo de atitude do governo de Navegantes visa impedir o servidor de exercer o seu direito constitucional de greve, em uma tentativa clara de coagir o servidor a exercer uma parada parcial das atividades – já que os professores não se negam a atuar remotamente, mas estão com receio da infecção nas aulas presenciais – e também dificultando que os alunos tenham acesso às atividades do seu professor.

Em Itajaí, segundo Francisco Johanssen, presidente do Sindifoz, durante os 12 dias de greve das atividades presenciais, práticas como essa não foram adotadas pelo governo municipal itajaiense –, muito pelo contrário, as escolas inseriram os servidores nas rotinas de trabalho das unidades.

No caso do município de Itajaí, diante da gravidade da situação e do movimento dos servidores em greve, o governo optou por antecipar o recesso escolar como medida para evitar as aulas presenciais no momento mais grave da pandemia, instituindo recesso de 30 dias até dia 1º de maio.

Infelizmente, segundo Francisco, Navegantes estaria na contramão dessa medida e, ao tentar forçar servidores ao trabalho presencial mesmo sem demanda de alunos nas escolas, etária agindo de forma irresponsável.

Além de quatro professoras mortas, a própria secretária Marília Soares foi vitimada pela doença, e vários outros servidores e membros da comunidade escolar estão infectados desde que as aulas presenciais foram retomadas.

A Secretaria de Educação se posicionou ao Jornalismo Marazul afirmando que nenhum servidor público da pasta está impedido de trabalhar. Juridicamente, segundo a Prefeitura, se os servidores estão em greve, não há como esses profissionais trabalhar remotamente.

As aulas presenciais estão mantidas em Navegantes, pois o Governo do Estado, em lei aprovada em 2020, estabelece a educação como serviço essencial e o Município não poderia interrompê-lo, pois não há amparo na lei.

Itajaí, que antecipou o recesso escolar, segundo Navegantes, está sendo questionado pelo MPSC justamente pela atividade ser considerada essencial.

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