O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) instaurou um inquérito civil para apurar supostas irregularidades nos subsídios pagos aos presidentes da Câmara Municipal de Navegantes entre 2021 e 2024, abrangendo os períodos em que Adriana Macarini (PP), Lu Bittencourt (PL), Gabriel dos Anjos (Pode) e Lourival Kempner (PL) presidiram a casa, além do comando atual do Legislativo.
Segundo a denúncia, os valores estariam acima do limite permitido pela Constituição Federal, que estabelece um teto de 40% do salário de um deputado estadual — o que, com base na população do município, equivaleria a R$ 13.202,55. Atualmente, o presidente da Câmara recebe R$ 17.878,04.
A denúncia também aponta que o regimento da Câmara prevê um adicional de 50% ao salário do presidente, prática proibida pela Constituição. O MP solicitou ao atual presidente, Júlio César Bento Filho (PSD), o envio das folhas de pagamento dos últimos seis meses. O prazo para resposta é de 30 dias. Se confirmadas, as irregularidades podem gerar ações judiciais e responsabilizações criminais. O inquérito segue em andamento.
O autor da denúncia, em reportagem do portal Navega Online, do jornalista Alex Rech, pontua que dessa forma, o valor máximo permitido para os vereadores de Navegantes seria R$ 33.006,39 x 40% = R$ 13.202,55. Contudo, o subsídio atual do presidente da Câmara de Vereadores, no valor de R$ 17.878,043, excede o limite legal em R$ 4.675,49, contrariando a Constituição Federal.
O jornalismo da Marazul buscou nesta segunda-feira (21) junto à assessoria de imprensa de Navegantes saber se os ex-presidentes e o atual já estão notificados da investigação, e se possuem algum posicionamento, mas não houve retorno por parte da Casa de Leis.
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Foto: ARQUIVO / MARAZUL.