A Polícia Militar Ambiental (PMA) identificou pescadores ilegais em Barra Velha, autuados por usar embarcação sem licença e pescar com redes proibidas. Eles são investigados por possível ligação com a morte de sete tartarugas-verdes encontradas na Praia do Tabuleiro, em 29 de março último, segundo informou a jornalista Mariana Costa, do ND MAIS.
A operação ocorreu nesta segunda (7) e contou com policiais à paisana que monitoraram os suspeitos e registraram a movimentação ilegal. A pesca ocorreu próximo ao Costão das Pedras Brancas e Negras, em Itajuba, e o pescado foi levado a uma peixaria sem comprovação de origem. O local também foi autuado.
As tartarugas foram encontradas mortas, presas em redes, por surfistas, que acionaram a Univali, que mantém a Unidade de Estabilização de Animais Marinhos em Armação do Itapocoróy, em Penha. Os animais, da espécie Chelonia mydas, estavam em decomposição e apresentavam marcas de redes, conforme denunciou o jornalismo da Marazul na semana passada. Segundo os pesquisadores, todas eram juvenis e morreram provavelmente por afogamento, ao ficarem presas sem conseguir subir para respirar.
A Univali alerta que a espécie está ameaçada de extinção e que a sobreposição entre áreas de pesca e habitats naturais agrava a situação. O coordenador Jeferson Dick destaca que redes lançadas em águas rasas frequentemente capturam animais marinhos acidentalmente.
Ele lembra que muitos pescadores, inclusive amadores, não têm consciência do impacto ambiental causado. A PMA, através do comandante Ruy Florencio Teixeira Júnior, orienta a população a denunciar pesca ilegal pelo 190 ou aplicativo PMSC Cidadão.
O caso de Barra Velha, apesar de excepcional pela quantidade de tartarugas mortas, é comum ao longo do litoral catarinense, de acordo com o coordenador.
“Barra Velha é um lugar onde as tartarugas-verdes, juvenis, habitam, se alimentam e se abrigam. Em águas calmas e rasas. Elas procuram alimentos, normalmente nas pedras. Às vezes no meio de cultivo de mariscos, nesses ambientes que tem bastante produção de alga. E são áreas que, muitas vezes, os pescadores buscam”, relata Dick.
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Fotos: PMP-UNIVALI / DIVULGAÇÃO.
