O professor Juliano Bernardes, vice-prefeito de Barra Velha (PSD) reforçou nesta semana a divulgação do Centro Cultural Casa de Palmito, visando impulsionar a visitação ao local, na Praça Lauro Carneiro de Loyola, a praça da lagoa, no centro da cidade. Em vídeo com a coordenadora da casa, Mari Helena, Juliano fala da importância história e dos eventos culturais variados com e com entrada franca neste espaço.
Primeira casa de grande porte construída em Barra Velha, construída no final dos anos 40, a Casa de Palmito tem oferecido todo um calendário cultural à disposição dos visitantes, barra-velhenses ou turistas. Exposições itinerantes, a própria história da casa, além de outras atrações são oferecidas com entrada franca.
Construída na década de 40 do século passado, a Casa de Palmito, edificada originalmente na região do Costão dos Náufragos, apresenta particularidades que justificam o desejo de diversas pessoas que há muitos anos defenderam o seu tombamento junto ao poder público municipal – o que efetivamente foi conquistado.
Em 2010, Erna Bisewvski concedeu entrevista ao Projeto Descortinando Histórias, do próprio Juliano Bernardes, falando sobre a necessidade de preservação do imóvel histórico. Augusto Teodoro Wald Becker, que costumava veranear nas praias de Santa Catarina e era industrial no Paraná, foi o companheiro de Erna e construtor da casa, onde viveu.
Com o crescimento da cidade, a casa ficou “sufocada” entre diversas construções, a ponto de não ser mais percebida pelos moradores de Barra Velha e veranistas, entretanto, quando foi construída, poderia, segundo Bernardes, considerá-la como uma “mansão” devido a sua imponência, tendo como jardim, a região onde era o restaurante Casa Nossa com uma vista espetacular, junto ao mar. Dona Erna conservou todas essas informações na memória.
Junto a Erna Bisewvski, nos anos 90 e 2.000, diversas pessoas se organizaram para tombar a Casa de Palmito como Patrimônio de Barra Velha. A imprensa se mobilizou por diversas vezes defendendo o tombamento: blitz de conscientização histórica, abraço à Casa de Palmito, abaixo-assinado e outras ações visando a preservação da residência histórica e extravagante pela forma e material utilizado na sua construção.
Em 2014, após a criação do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural – COMPAC e aprovação da Lei de Tombamento, a Casa de Palmito finalmente se tornou Patrimônio Histórico Municipal, ainda na gestão de Claudemir Matias Francisco e Fábio Brugnago. Poucos dias após a assinatura do decreto do tombamento, dona Erna faleceu.
A casa ficou completamente abandonada e quase colapsou. Mas no ano de 2022, o imóvel e toda a área foi vendida e o COMPAC, com aval do então prefeito Douglas Elias da Costa, autorizou a retirada da Casa de Palmito do lugar, desmontagem e montagem na Praça Lauro Carneiro de Loyola (praça da lagoa) onde ela renasce como o Centro Cultural Casa de Palmito.
Desde então, Barra Velha vive nova fase na valorização da cultura local. O Centro Cultural Casa de Palmito está dividido em dois ambientes principais: o auditório, que homenageia Erna Bisewiski e que sedia eventos diversificados ao longo do ano, e também o espaço de exposições Augusto Teodoro Wald Becker que mantém exposição fixa sobre a história da Casa de Palmito e recepciona também as exposições temáticas.
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Imagens: Divulgação.
