O funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto no bairro Santa Luzia, em São João do Itaperiú, foi pauta de uma reunião com a comunidade na última terça-feira (11), em Barra Velha. Representantes das duas empresas administradoras do empreendimento apresentaram o projeto para os participantes, mas em alguns momentos o confronto de ideias deixou o clima tenso.
Rodrigo Duarte Maia é advogado e presidente da comissão de direito ambiental da subseção da OAB. Ele explica sua preocupação com a bacia hidrográfica.
“A grande preocupação é que, próximo da Estação de Tratamento de Efluentes, estará localizada a Estação de Tratamento da Água, ou seja, a captação da água que a Casan fará na região entre Santa Luzia e o Limoeiro. Portanto, são lugares próximos”, reforçou Rodrigo.
Além da implantação da Estação de Tratamento de Esgoto, uma possível instalação de um aterro sanitário é fortemente contestada pela comunidade. O projeto ainda aguarda as liberações do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina. No entanto, já foi parar na justiça após uma ação civil pública ser protocolada pela Organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP). Conforme a ação civil, existem erros nos relatórios apresentados pelos empreendimentos..
Ainda durante a reunião, moradores apresentaram vídeos comprovando que a matéria despejada no Rio tem apresentado coloração diferente do que se espera, dando a entender que o material não está sendo tratado como deveria. Os representantes da empresa alegaram desconhecer o registro e se comprometeram em analisar o caso. Fabricio Wilbert, representante da SJI efluentes, destaca que saiu satisfeito da reunião.
“Todo tipo de empreendimento nesse sentido possui três pilares que são, ser ecologicamente correto, economicamente viável e socialmente justo. Então, com isso, classificamos que a comunidade está fazendo sua parte aqui, que é cada um colocar seu ponto de vistas e preocupações”, afirmou Fabricio.
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