Amigos e familiares do jovem Luiz Eduardo Scloneski, de 21 anos, que foi morto há uma semana após ser decapitado por uma linha de cerol na BR-470, em Navegantes, se reuniram em um ato no último domingo (09), no acesso ao bairro São Paulo.
A manifestação, que teve início com uma carreata saindo da loja Havan em Navegantes, seguiu pelo bairro São Paulo em frente ao local do acidente. Durante a parada, os participantes realizaram uma oração em homenagem à vítima e, em seguida, seguiram até o quartel dos bombeiros, onde o protesto se encerrou. Adenilton da Silva, pai de Luiz Eduardo, falou sobre o momento e destacou que seu filho estava em tratamento devido a pedras nos rins.
“Somos pobres, e aí temos que fazer vakinhas, convidando as pessoas para contribuir. Eu estava em um estacionamento do mercado pedindo para as pessoas contribuírem para colar um adesivo no carro. Chega a ser humilhante, mas por meu filho eu faço e faria novamente. Graças a Deus, existem muitas pessoas boas que ajudaram”, destacou Adenilton.
Kaline da Silva Scloneski se emocionou ao falar quem era Luiz, seu namorado por 3 anos. Conforme o relato, eles estavam prestes a completar 3 meses de casados.
“Eu até me emociono para falar. O Luiz era uma pessoa muito boa, ele trabalhou em diversos lugares, então era muito trabalhador. Ele criou muitas amizades, então ele conquistava todos por onde passava. Se alguém pedia algo para o Luiz, ele fazia e não reclamava. Era uma pessoa muito do bem, cheia de luz. Iria fazer três meses que estávamos casados, e o que posso dizer é que, desde o dia que encontrei ele, eu digo que foram dias muito felizes. Nós nos amávamos muito, e tínhamos planos. Porém, infelizmente, por inconsequência dos outros, ele perdeu a vida”, destacou Kaline.
Miriam, mãe de Lucas de Barros, esteve no local da manifestação para prestar apoio aos familiares de Luiz. Seu filho Lucas também morreu no mesmo local, em Navegantes, por conta do cerol. Ele sofreu um corte grave no pescoço e correu até um posto de gasolina em frente ao local do acidente para pedir ajuda. No entanto, o jovem não resistiu até a chegada do Corpo de Bombeiros. O acidente completará 4 anos no próximo sábado (15), ela contou que até hoje não superou a perda.
“No dia em que fiquei sabendo que aconteceu isso com o menino, me deu uma crise de choro. Fiquei em desespero ao pensar que mais uma mãezinha que chora porque perdeu o filho. Não é fácil quando acontece isso, dói na alma”, ressaltou Miriam.
A manifestação buscou conscientizar a população e cobrar maior fiscalização para evitar novas tragédias.
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