Uma audiência pública defendeu a não-obrigatoriedade da vacinação infantil contra a Covid-19 em Florianópolis, e gerou polêmica no momento em que o Governo do Estado catarinense é criticadopor descartar vacinas.
A audiência ocorreu dia 11 último, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), por proposição do deputado estadual Carlos Humberto (PL) e com a presença de lideranças políticas como o deputado federal Zé Trovão (PL), que abordou o valor da vida por meio de citações bíblicas, e Alex Brasil, que trouxe reflexões sobre o tema.
Especialistas da área da saúde marcaram presença, principalmente dos Estados Unidos e Inglaterra, e também contribuíram com o debate, destacando a importância da vida das crianças e defendendo a não obrigatoriedade da vacinação.
Durante a audiência, mães relataram experiências negativas após a vacinação de seus filhos, mencionando reações adversas severas e, em alguns casos, mortes – sem, no entanto, apontar provas de que seria em decorrência da imunização.
Uma mãe compartilhou o caso de sua filha de 13 anos, que morreu dias após a vacina contra o coronavírus. Outro relato foi do casal Camila e Leandro, que afirmou ter sido pressionado a vacinar o filho de seis meses. O casal alegou que, ao recusar a vacina, foi ameaçado de denúncia ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público, o que de fato ocorreu.
As mães presentes manifestaram indignação, destacando que não se tratava de negacionismo ou oposição às vacinas, mas sim da defesa do direito de escolha sobre a saúde de seus filhos.
Fabiano diz que audiência é “ato vergonhoso”
O evento, entretanto, não teve unanimidade. O deputado estadual Fabiano da Luz (PT) criticou a audiência pública. “Não é de acreditar, mas é verdade. E eu estava apreensivo, porque no convite estava a figura do governador do Estado, Jorginho Mello. Não é verdade que o governador, que não participou da vinda de tantos ministros e outros grandes eventos viria num ato vergonhoso desses”
Fabiano reiterou que o ato é vergonhoso porque SC, “por conta dessas campanhas malucas contra vacinação”, desperdiçou R$ 4,5 milhões em vacinas, e porque crianças não foram levadas pela sua família para se imunizarem contra várias doenças.
“Não só da Covid; não vacinaram contra o tétano, o sarampo e para uma série de doenças que a vacina previne, algumas que já estavam erradicadas em nosso país e começaram a voltar, justamente por conta dessas loucuras que alguns disseminam”, considerou o deputado.
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