Pressionado pela opinião pública após a repercussão da informação de que 168 mil doses de vacinas foram descartadas em Santa Catarina ao longo do ano de 2024, o Governo do Estado se pronunciou através da Secretaria de Estado da Saúde (SES), alegando que o descarte de vacinas representa apenas 1,3 % do montante recebido do Ministério da Saúde. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) está investigando o caso, e promete, através de auditoria, averiguar condições de transporte, armazenamento e manuseio das vacinas no estado.
De acordo com a SES, Santa Catarina recebeu o quantitativo de 12.865.457 doses de vacina, que foram armazenadas e distribuídas aos municípios. Desse total, a perda física foi de 168.392 doses, a maioria absoluta, segundo o governo, por “expiração do prazo de validade e não compreendem vacinas que estão em desabastecimento no Estado”.
“Dessas doses, 91,5% foram as vacinas utilizadas na campanha de influenza de 2023, quando a cobertura foi de apenas 53,51%. No ano passado a SES ampliou a vacinação da Influenza para crianças de até 12 anos e depois para todas as idades, buscando incentivar a imunização”, aponta o diretor de Vigilância Epidemiológica da DIVE, João Fuck.
“No entanto, as pessoas não procuraram a vacina, de forma que as doses não foram utilizadas. As doses de COVID-19 perdidas representaram 11.850 (7,0%), e foram as do laboratório Butantan. Cabe lembrar que ao longo do ano de 2024, foram recebidas vacinas atualizadas, assim, as que até então recomendadas, como no caso da vacina do laboratório Butantan, deixaram de ser utilizadas”, esclarece ele.
O restante das perdas físicas são referentes também à perda por expiração do prazo de validade da Imunoglobulina anti-hepatite B, com 2.442 doses, o que representa 1,4%. Todas as Imunoglobulinas recebidas do Ministério da Saúde, apresentavam prazo de validade inferior a 5 meses no momento do recebimento.
As perdas físicas que ocorreram no Estado, não são das mesmas vacinas nas quais ocorreu o desabastecimento ao longo de 2024, como a varicela, febre amarela, entre outras.
Fuck frisou que “o fornecimento de todas as vacinas do Calendário de Vacinação é competência do Ministério da Saúde” e que “ao longo de 2024 ocorreram desabastecimentos de algumas vacinas, conforme informado pelo próprio Ministério da Saúde”.
Vacinação segue crescendo no Estado
A imunização é uma pauta prioritária da SES, seja com as vacinas estabelecidas na rotina dos calendários de vacinação, como naquelas aplicadas em forma de campanha. O diretor reforça que assim, diversas ações são realizadas, como publicação de orientações técnicas, capacitações, avaliação das coberturas vacinais, apoio às Secretarias Municipais de Saúde, no intuito de manter as coberturas vacinais dentro das metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde.
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Foto: Secom SC / Arquivo.