Descendentes de escravizados revelam sabedoria ancestral em encontro no Quilombo do Itapocu

O professor Pedro de Alexandre, que leciona nas aldeias indígenas de Araquari, divulgou nesta segunda-feira

Publicado em 10/06/2024 16h05

O professor Pedro de Alexandre, que leciona nas aldeias indígenas de Araquari, divulgou nesta segunda-feira (dia 10) uma bela e tocante imagem: o encontro de descendentes de escravizados do quilombo do Itapocu, “um momento de ouvir a sabedoria dos ancestrais na palavra dos anciões da comunidade quilombola local”, nas palavras do professor.

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A conversa foi com os anciões – entre eles, Vó Balbina, senhora cheia de vida aos seus 106 anos, que ainda está cheia de disposição para ensinar a todos. “Ela tem uma memória incrível, que no gesto de amorosidade nos ensina a caminhar na direção do futuro”, observou Pedro.

Além dela, o seu Antônio Bernardino, líder da comunidade no Itapocu, também conversou com o grupo – “outra fonte de sabedoria e de liderança”, na avaliação dos presentes. “Essa foi a nossa tarefa de sábado a tarde; ouvir o que significa curar e cuidar das pessoas”, pontuou Pedro, agradecendo à vó Balbina, seu Antônio e aos colegas professoras, professores e estudantes participantes da roda de conversa.

Vó Balbina é a personagem central do documentário “Flores em Vida, a História de Uma Anciã”, que retrata a vida de Balbina Conceição Catarina, a lendária benzedeira que completou 106 anos em 24 de setembro do ano passado, filme produzido por Alessandra Cristina Bernardino, que inclusive participou da roda de conversa no sábado, junto do artesão Lenilson Luiz da Silva, de Barra Velha, e a professora Daniela Borba, educadores que lecionam Educação Quilombola na comunidade do Itapouc.

Para uns, “vó”, para outros, “tia Balbina”, como é também conhecida, cresceu e vive até hoje no bairro Itapocu, e é descendente dos escravizados que lutaram na região do Itapocu e da antiga Parati. Balbina tem 4 filhos, 7 netos e ama cantar, dançar e ajudar pessoas necessitadas.

Participou do tradicional Grupo Catumbi, formado pelos afrodescendentes do Itapocu e que tem mais de 150 anos de tradição. Ela era quem confeccionava as flores do grupo desde os sete anos de idade.

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Publicado em 10/06/2024 16h05

O professor Pedro de Alexandre, que leciona nas aldeias indígenas de Araquari, divulgou nesta segunda-feira (dia 10) uma bela e tocante imagem: o encontro de descendentes de escravizados do quilombo do Itapocu, “um momento de ouvir a sabedoria dos ancestrais na palavra dos anciões da comunidade quilombola local”, nas palavras do professor.

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A conversa foi com os anciões – entre eles, Vó Balbina, senhora cheia de vida aos seus 106 anos, que ainda está cheia de disposição para ensinar a todos. “Ela tem uma memória incrível, que no gesto de amorosidade nos ensina a caminhar na direção do futuro”, observou Pedro.

Além dela, o seu Antônio Bernardino, líder da comunidade no Itapocu, também conversou com o grupo – “outra fonte de sabedoria e de liderança”, na avaliação dos presentes. “Essa foi a nossa tarefa de sábado a tarde; ouvir o que significa curar e cuidar das pessoas”, pontuou Pedro, agradecendo à vó Balbina, seu Antônio e aos colegas professoras, professores e estudantes participantes da roda de conversa.

Vó Balbina é a personagem central do documentário “Flores em Vida, a História de Uma Anciã”, que retrata a vida de Balbina Conceição Catarina, a lendária benzedeira que completou 106 anos em 24 de setembro do ano passado, filme produzido por Alessandra Cristina Bernardino, que inclusive participou da roda de conversa no sábado, junto do artesão Lenilson Luiz da Silva, de Barra Velha, e a professora Daniela Borba, educadores que lecionam Educação Quilombola na comunidade do Itapouc.

Para uns, “vó”, para outros, “tia Balbina”, como é também conhecida, cresceu e vive até hoje no bairro Itapocu, e é descendente dos escravizados que lutaram na região do Itapocu e da antiga Parati. Balbina tem 4 filhos, 7 netos e ama cantar, dançar e ajudar pessoas necessitadas.

Participou do tradicional Grupo Catumbi, formado pelos afrodescendentes do Itapocu e que tem mais de 150 anos de tradição. Ela era quem confeccionava as flores do grupo desde os sete anos de idade.

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