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Juliano e Emília Bernardes são os novos imperadores da Festa do Divino de Barra Velha

Publicado em 20/05/2024 19h03

Chegou a vez do maior conhecedor da história da Festa do Divino Espírito Santo de Barra Velha, professor Juliano Bernardes, ser o imperador da mais importante e emocionante celebração católica da cidade. Juliano, ao lado da esposa Emília Pereira Bernardes, foi sorteado como casal imperial da festa em 2025, sorteio ocorrido neste domingo, dia 19 de maio, quando o casal concorreu como outros seis postulantes a anfitriões da festa.

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Nesta segunda-feira, 20, Juliano e Emília já recepcionaram amigos e fieis na missa de encerramento do tríduo festivo, ao lado do casal imperial deste ano, Sálvio Borba e Cleanice Tamanini Borba, além do bispo diocesano, Dom Francisco Carlos Bach, e do pároco local, padre Dálcio Bonomini, em conjunto com o padre Rafael Armando Aquaroli, primeiro padre de Barra Velha a ser ordenado.

Tanto Juliano como Emília ficaram muito emocionados com o resultado do sorteio, e embora na condição de postulantes, confirmaram que não esperavam a boa notícia, dada pelo padre Dálcio, no domingo, e em tom de muito bom humor e emoção pelo pároco.

📸 FOTOS JUVAN NETO

Um pouco de história

Segundo Juliano Bernardes, diretor cultural da Irmandade do Divino de Barra Velha e autor de um livro sobre a festa, em parceria com o educador Valdir Nogueira, a festa é uma das marcas dos 276 anos de colonização açoriana em Santa Catarina – de onde vem a origem da celebração.

“A partir da chegada dos açorianos e de habitantes de outras ilhas de Portugal, incentivadas pelo governo brasileiro, diversas localidades passaram a celebrar a Festa do Divino, mas foi no litoral que os açorianos se estabeleceram de forma mais intensa”, observa Juliano.

“Florianópolis concentra diversas festividades ao Divino e cidades como Barra Velha, Penha, Itajaí, Camboriú, Laguna, Imbituba, Jaguaruna e Santo Amaro da Imperatriz, além de São José, Palhoça, Blumenau, Garopaba e Tijucas.

Ainda de acordo com Juliano, a Bandeira do Divino tem seus registros em Barra Velha organizados inicialmente pela família de Joaquim Alves da Silva, considerado o fundador da cidade, há dois séculos.

A tradição oral enfatiza que Dom Pedro 2º e a Imperatriz Dona Thereza Christina, em visita à Província de Santa Catarina em 1845, foram convidados a participar dos festejos em Barra Velha. Na impossibilidade de comparecer, o Imperador enviou um casal de nobres para representá-los.

“As fontes documentais indicam a ocorrência da Festa do Divino Espírito Santo em Barra Velha desde 1918, sob os cuidados da família Borba, entretanto, sabe-se que sua origem é mais remota”, reforça Juliano.

Os familiares de Sinval Moura foram também guardiões dos símbolos das festas anteriores a 1918 – uma pombinha de metal e um estandarte de veludo vermelho onde está bordado o Espírito Santo.

Atualmente, essas peças podem ser visitadas na Matriz de Barra Velha, juntamente com as coroas e bandeiras utilizadas nas festas atuais. As fontes documentais e orais a partir de 1918 tornam-se mais precisas, quando Pedro Francisco Borba Coelho assumiu a responsabilidade das festas e zelo pelos símbolos, tradição mantida pelas novas gerações.

Desde 1918, somente em 1940 (2ª Guerra Mundial) e em 1990 (falecimento do Pároco Frei Libório Schimidt) a festa não foi celebrada, segundo Pedro Jeremias Borba, o Pia, responsável pela Irmandade.

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Religiosidade

Chegou a vez do maior conhecedor da história da Festa do Divino Espírito Santo de Barra Velha, professor Juliano Bernardes, ser o imperador da mais importante e emocionante celebração católica da cidade.

Por Juvan Neto

Publicado em 20/05/2024 19h03

Chegou a vez do maior conhecedor da história da Festa do Divino Espírito Santo de Barra Velha, professor Juliano Bernardes, ser o imperador da mais importante e emocionante celebração católica da cidade. Juliano, ao lado da esposa Emília Pereira Bernardes, foi sorteado como casal imperial da festa em 2025, sorteio ocorrido neste domingo, dia 19 de maio, quando o casal concorreu como outros seis postulantes a anfitriões da festa.

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Nesta segunda-feira, 20, Juliano e Emília já recepcionaram amigos e fieis na missa de encerramento do tríduo festivo, ao lado do casal imperial deste ano, Sálvio Borba e Cleanice Tamanini Borba, além do bispo diocesano, Dom Francisco Carlos Bach, e do pároco local, padre Dálcio Bonomini, em conjunto com o padre Rafael Armando Aquaroli, primeiro padre de Barra Velha a ser ordenado.

Tanto Juliano como Emília ficaram muito emocionados com o resultado do sorteio, e embora na condição de postulantes, confirmaram que não esperavam a boa notícia, dada pelo padre Dálcio, no domingo, e em tom de muito bom humor e emoção pelo pároco.

📸 FOTOS JUVAN NETO

Um pouco de história

Segundo Juliano Bernardes, diretor cultural da Irmandade do Divino de Barra Velha e autor de um livro sobre a festa, em parceria com o educador Valdir Nogueira, a festa é uma das marcas dos 276 anos de colonização açoriana em Santa Catarina – de onde vem a origem da celebração.

“A partir da chegada dos açorianos e de habitantes de outras ilhas de Portugal, incentivadas pelo governo brasileiro, diversas localidades passaram a celebrar a Festa do Divino, mas foi no litoral que os açorianos se estabeleceram de forma mais intensa”, observa Juliano.

“Florianópolis concentra diversas festividades ao Divino e cidades como Barra Velha, Penha, Itajaí, Camboriú, Laguna, Imbituba, Jaguaruna e Santo Amaro da Imperatriz, além de São José, Palhoça, Blumenau, Garopaba e Tijucas.

Ainda de acordo com Juliano, a Bandeira do Divino tem seus registros em Barra Velha organizados inicialmente pela família de Joaquim Alves da Silva, considerado o fundador da cidade, há dois séculos.

A tradição oral enfatiza que Dom Pedro 2º e a Imperatriz Dona Thereza Christina, em visita à Província de Santa Catarina em 1845, foram convidados a participar dos festejos em Barra Velha. Na impossibilidade de comparecer, o Imperador enviou um casal de nobres para representá-los.

“As fontes documentais indicam a ocorrência da Festa do Divino Espírito Santo em Barra Velha desde 1918, sob os cuidados da família Borba, entretanto, sabe-se que sua origem é mais remota”, reforça Juliano.

Os familiares de Sinval Moura foram também guardiões dos símbolos das festas anteriores a 1918 – uma pombinha de metal e um estandarte de veludo vermelho onde está bordado o Espírito Santo.

Atualmente, essas peças podem ser visitadas na Matriz de Barra Velha, juntamente com as coroas e bandeiras utilizadas nas festas atuais. As fontes documentais e orais a partir de 1918 tornam-se mais precisas, quando Pedro Francisco Borba Coelho assumiu a responsabilidade das festas e zelo pelos símbolos, tradição mantida pelas novas gerações.

Desde 1918, somente em 1940 (2ª Guerra Mundial) e em 1990 (falecimento do Pároco Frei Libório Schimidt) a festa não foi celebrada, segundo Pedro Jeremias Borba, o Pia, responsável pela Irmandade.