Oceanógrafo critica limitações da captura da corvina e do atum em Santa Catarina

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Publicado em 12/03/2024 17h57

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A Comissão de Pesca e Aquicultura da Assembleia Legislativa recebeu, nesta terça-feira (12), Luiz Carlos Matsuda Júnior, oceanógrafo e membro da coordenadoria técnica do Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi).

Matsuda apresentou um panorama da pesca de espécies importantes para a economia do Estado e pediu o apoio dos parlamentares junto ao governo a fim de evitar proibições que possam prejudicar os pescadores de Santa Catarina.

Segundo o oceanógrafo, o ano de 2023 foi complicado para a pesca no Estado, devido à paralisação da frota atuneira e a possibilidade de incluir a corvina na lista de espécies ameaçadas. São temas que precisam ser abordados com mais cautela, segundo ele, para avaliar o que está acontecendo.

Conforme explicou Matsuda, uma das principais preocupações dos pescadores catarinenses é com a reedição de portaria do governo federal limitando a pesca do atum. Em dezembro de 2023, o Ministério da Pesca e Aquicultura determinou a paralisação de toda a frota atuneira do país por conta dos limites de cotas do albacora-bandolin, uma espécie de atum.

A decisão, segundo ele, não levou em conta as especificidades de cada região. “A frota atuneira de Santa Catarina responde por menos de 10% da captura de albacora-bandolin, objeto da portaria. Em contrapartida, os barcos catarinenses são responsáveis por uma parcela significativa da pesca do bonito-listrado, principal espécie do atum enlatado comercializado no Brasil. É um mercado de mais de R$ 1 bilhão”, avaliou Matsuda.

O oceanógrafo sinalizou aos deputados a necessidade de cobrar o Ministério da Pesca e Aquicultura para que as frotas atuneiras das regiões Sul e Sudeste não sejam incluídas nas medidas de controle de pesca por conta do limite de captura.

Proibição da corvina

Matsuda também discorreu sobre a possibilidade de inclusão da corvina na lista de espécies em extinção. De acordo com o oceanógrafo, a corvina é a principal espécie de peixe capturada em Santa Catarina – são 20 mil toneladas produzidas anualmente no Estado, mais de 35 municípios que desempenham a atividade, mais de 5,7 mil embarcações e mais de 30 mil pescadores cadastrados.

O oceanógrafo foi direto ao ponto: para o Sindipi, a pesca da corvina garante o pão de cada dia do pescador. Matsuda propôs a alocação de recursos financeiros para a elaboração de uma Proposta de Plano de Gestão da Corvina, a ser conduzida pela Univali, visando tirar a espécie da lista das ameaçadas.

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A Comissão de Pesca e Aquicultura da Assembleia Legislativa recebeu, nesta terça-feira (12), Luiz Carlos Matsuda Júnior, oceanógrafo e membro da coordenadoria técnica do Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi).

Matsuda apresentou um panorama da pesca de espécies importantes para a economia do Estado e pediu o apoio dos parlamentares junto ao governo a fim de evitar proibições que possam prejudicar os pescadores de Santa Catarina.

Segundo o oceanógrafo, o ano de 2023 foi complicado para a pesca no Estado, devido à paralisação da frota atuneira e a possibilidade de incluir a corvina na lista de espécies ameaçadas. São temas que precisam ser abordados com mais cautela, segundo ele, para avaliar o que está acontecendo.

Conforme explicou Matsuda, uma das principais preocupações dos pescadores catarinenses é com a reedição de portaria do governo federal limitando a pesca do atum. Em dezembro de 2023, o Ministério da Pesca e Aquicultura determinou a paralisação de toda a frota atuneira do país por conta dos limites de cotas do albacora-bandolin, uma espécie de atum.

A decisão, segundo ele, não levou em conta as especificidades de cada região. “A frota atuneira de Santa Catarina responde por menos de 10% da captura de albacora-bandolin, objeto da portaria. Em contrapartida, os barcos catarinenses são responsáveis por uma parcela significativa da pesca do bonito-listrado, principal espécie do atum enlatado comercializado no Brasil. É um mercado de mais de R$ 1 bilhão”, avaliou Matsuda.

O oceanógrafo sinalizou aos deputados a necessidade de cobrar o Ministério da Pesca e Aquicultura para que as frotas atuneiras das regiões Sul e Sudeste não sejam incluídas nas medidas de controle de pesca por conta do limite de captura.

Proibição da corvina

Matsuda também discorreu sobre a possibilidade de inclusão da corvina na lista de espécies em extinção. De acordo com o oceanógrafo, a corvina é a principal espécie de peixe capturada em Santa Catarina – são 20 mil toneladas produzidas anualmente no Estado, mais de 35 municípios que desempenham a atividade, mais de 5,7 mil embarcações e mais de 30 mil pescadores cadastrados.

O oceanógrafo foi direto ao ponto: para o Sindipi, a pesca da corvina garante o pão de cada dia do pescador. Matsuda propôs a alocação de recursos financeiros para a elaboração de uma Proposta de Plano de Gestão da Corvina, a ser conduzida pela Univali, visando tirar a espécie da lista das ameaçadas.

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