Halloween: cena de homicídio fictício em escola gera polêmica no Gravatá de Penha

O que era para ser uma decoração de Halloween acabou gerando medo e remetendo aos

Publicado em 29/10/2023 15h11

O que era para ser uma decoração de Halloween acabou gerando medo e remetendo aos momentos difíceis que têm sido registrado em várias escolas alvo de violência no País. Alunos da Escola de Educação Básica Antônio Rocha de Andrade, de Penha, acabaram por levar ao extremo a ideia de decorar a unidade de ensino, e reproduziram no local a cena de um assassinato.

A repercussão foi negativa na comunidade escolar. Pais e mães de alunos reprovaram o cenário criado pelos estudantes – o qual, é preciso citar, ficou muito bem caracterizado: tinta vermelha simulando sangue, espalhada pelo chão, marcas de pés de fugitivos ensanguentados, além de fitas de isolamento da área e cones. Os estudantes ainda desenharam demarcações de corpos estendidos no chão, e um facão ensanguentado também foi colocado no pátio.

Para completar, um corpo feito de papelão e enrolado em lona foi pendurado de cabeça para baixo, simulando alguém morto ou enforcado no primeiro andar da escola. A cena veio à tona um dia antes do Halloween (sexta-feira, 27), e foi noticiada pelo portal Penha Online. O problema, porém, é que não era nem a referência adequada ao Halloween e nem o momento adequado para esse tipo de cenografia.

Alunos da creche da escola ficaram impressionados, e mães revelaram preocupação com os pequenos, em virtude das recentes ocorrências de ataques à escola. A direção da unidade confirmou que havia um projeto de estudos sobre o Halloween, no ensino de línguas e artes, e concordou que o realismo da decoração foi “exagerado”.

Atividade cancelada pela direção

A direção ordenou a limpeza do pátio e, em nota, confirmou que cancelou outras decorações alusivas ao Halloween. O cenário, segundo a escola, não fazia parte do programado. As aulas já foram normalizadas na escola, localizada na Rua Júlia da Costa Flores, no Gravatá.

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O que era para ser uma decoração de Halloween acabou gerando medo e remetendo aos

Publicado em 29/10/2023 15h11

A violência contra a mulher tem sido debatida por organizações do litoral norte catarinense. As discussões tem avançado sobre os sistemas judiciários de atendimento às demandas femininas e são encabeçados pelo Coletivo Mulheres do Brasil em Ação (o CMBA). Em Balneário Piçarras, um espaço reservado que já existe para acolher mulheres vítimas de violência domésticas corre o risco de fechar por falta de verbas para manutenção que hoje conta com algumas doações e pessoal voluntário. Apenas no mês de janeiro em Balneário Piçarras foram decretadas dez medidas protetivas.

Movimento busca trazer atendimento para as mulheres vítimas de violência doméstica.
Movimento busca trazer atendimento para as mulheres vítimas de violência doméstica.

O CMBA também criou a primeira casa de referência de atendimento à mulher com equipe especializada que atua voluntariamente em Balneário Piçarras. A casa é sigilosa para reservar a integridade das mulheres violentadas, criadas unicamente com esforços da sociedade civil.

Um dos objetivos da organização é evitar o feminicídio e desde que o Coletivo começou a atuar nas principais cidades do litoral norte em 2019 não houve registro do crime.

A presidente da CMBA, Regina dos Santos, explicou que o espaço é um início para oportunizar o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica para que seja possível oferecer orientação jurídica e psicológica, com atendimento de mulheres de diversas cidades. Ela comenta que essa criação foi iniciada apenas com esforços da sociedade civil sem ajuda governamental.

O CMBA se formou em 2018 em meio a uma festa designada Festa da Mulherada em Barra Velha que reuniu cerca de 100 mulheres que acompanharam palestras, expressões artísticas e caminhadas. A reunião se transformou no Coletivo e formou também 32 promotoras legais populares.

O secretário de Assistência Social de Balneário Piçarras, Paulo Debatin, foi questionado pela Rede Marazul para saber se há possibilidade de auxiliar o movimento. Na tentativa de auxiliar a iniciativa, ele indicou que o Serviço Único de Assistência Social (SUAS) pode prestar auxílio técnico ou financeiro às organizações da sociedade civil cadastradas junto ao SUAS. O mesmo avaliou a intenção do CMBA como uma iniciativa importante, mas que poderia apenas prestar o auxílio na inscrição junto ao sistema para formalização de parceria.

Confira o vídeo em que o secretário Paulo Debatin esclarece as possibilidades de parceria com o Coletivo Mulheres do Brasil em Ação:

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