Alto número de mordeduras caninas é registrado em Itajuba

A Secretaria de Saúde e Saneamento da Prefeitura de Barra Velha chamou atenção da comunidade

Publicado em 29/08/2023 16h13

A Secretaria de Saúde e Saneamento da Prefeitura de Barra Velha chamou atenção da comunidade para o aumento no número de casos de mordeduras caninas no bairro Itajuba – situação que pode transmitir a raiva. No mês de agosto, em Barra Velha, foram registrados oito destes casos. Destes, quatro envolveram moradores do bairro Itajuba.

O percentual de 50% no total de registros do período, apontado pelas notificações do setor de Vigilância Epidemiológica, traz o alerta sobre a transmissão da doença, infecção viral aguda que afeta mamíferos, incluindo o homem.

Transmitida principalmente pelas mordidas, arranhões e até mesmo lambidas de animais infectados como cachorro e gato, a raiva tem como característica a encefalite progressiva, quase sempre fatal.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, a raiva é doença causada pelo vírus Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. A médica clínica geral da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Itajuba, Estefani Luciane Quevedo, explica que “o vírus causador da doença ataca o sistema nervoso central, ocasionando a encefalite (inflamação no cérebro, que causa inchaço). Infelizmente na maioria dos casos evolui rapidamente para a morte do paciente”.

A enfermeira e coordenadora da Vigilância Epidemiológica do município, Sabrina Mendes, alerta: “os sintomas mais comuns da raiva em humanos são: alterações de comportamento – confusão mental, desorientação, agressividade, alucinações, movimentos involuntários ao sentir água ou vento, sensação de mal-estar geral, febre, náuseas e dor de garganta”.

Aos moradores que forem vítimas de mordedura canina, orienta-se buscar ajuda médica imediatamente, nos postos de saúde ou no Pronto Atendimento (PA 24h), no centro. Nestes locais, a equipe de enfermagem cuidará da lesão e fará uma notificação para informar a Vigilância Epidemiológica.

Em seguida, o setor entra em contato com o paciente para coletar mais informações, referentes ao acontecido. Segundo Sabrina, após esse contato, existem dois fluxos de atendimento diferentes, de acordo com a situação do animal que causou o ferimento:

Se for possível observar o animal, o paciente deve acompanhar o comportamento dele por até 10 dias, verificando possíveis mudanças ou adoecimento. Durante este período, a notificação é encaminhada para a veterinária do Município na Vigilância Sanitária, setor responsável pelo protocolo de investigação do animal.

Enquanto isso, a pessoa mordida continua a ser monitorada pela Vigilância Epidemiológica. Se a saúde de ambos (pessoa e animal) permanecer sem alterações no período, o caso é encerrado. Já se acontecer alguma alteração com o animal ou paciente, dentro de 10 dias, é posto em prática o protocolo de transmissão da Raiva.

As medidas deste protocolo incluem: o paciente passar por consulta médica para análise e tomada de providências, conforme o quadro de saúde da pessoa. O mesmo também é feito com o animal, que passará por avaliação e cuidados da veterinária da Vigilância Sanitária municipal.

Já se não for possível observar o animal, a pessoa mordida deve iniciar o esquema vacinal contra Raiva, fazendo a aplicação do soro antirrábico, indicado em situações com ferimentos mais graves, seguindo as orientações da Diretoria de Vigilância Epidemiológica Estadual – Dive/SC. O monitoramento da vítima de mordedura continua a ser realizado pela Vigilância Epidemiológica, até que o paciente não apresente mais complicações.

A técnica em enfermagem, Regiani Schetz, responsável pelo monitoramento de pacientes na Vigilância Epidemiológica, destaca: “a vacinação anual dos cães e gatos é muito eficaz para prevenção da Raiva e isso também possibilita a prevenção da doença em humanos”. Outra forma de se prevenir é não tocar ou se aproximar de cães e gatos desconhecidos.

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Alto número de mordeduras caninas é registrado em Itajuba

A Secretaria de Saúde e Saneamento da Prefeitura de Barra Velha chamou atenção da comunidade

Publicado em 29/08/2023 16h13

A violência contra a mulher tem sido debatida por organizações do litoral norte catarinense. As discussões tem avançado sobre os sistemas judiciários de atendimento às demandas femininas e são encabeçados pelo Coletivo Mulheres do Brasil em Ação (o CMBA). Em Balneário Piçarras, um espaço reservado que já existe para acolher mulheres vítimas de violência domésticas corre o risco de fechar por falta de verbas para manutenção que hoje conta com algumas doações e pessoal voluntário. Apenas no mês de janeiro em Balneário Piçarras foram decretadas dez medidas protetivas.

Movimento busca trazer atendimento para as mulheres vítimas de violência doméstica.
Movimento busca trazer atendimento para as mulheres vítimas de violência doméstica.

O CMBA também criou a primeira casa de referência de atendimento à mulher com equipe especializada que atua voluntariamente em Balneário Piçarras. A casa é sigilosa para reservar a integridade das mulheres violentadas, criadas unicamente com esforços da sociedade civil.

Um dos objetivos da organização é evitar o feminicídio e desde que o Coletivo começou a atuar nas principais cidades do litoral norte em 2019 não houve registro do crime.

A presidente da CMBA, Regina dos Santos, explicou que o espaço é um início para oportunizar o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica para que seja possível oferecer orientação jurídica e psicológica, com atendimento de mulheres de diversas cidades. Ela comenta que essa criação foi iniciada apenas com esforços da sociedade civil sem ajuda governamental.

O CMBA se formou em 2018 em meio a uma festa designada Festa da Mulherada em Barra Velha que reuniu cerca de 100 mulheres que acompanharam palestras, expressões artísticas e caminhadas. A reunião se transformou no Coletivo e formou também 32 promotoras legais populares.

O secretário de Assistência Social de Balneário Piçarras, Paulo Debatin, foi questionado pela Rede Marazul para saber se há possibilidade de auxiliar o movimento. Na tentativa de auxiliar a iniciativa, ele indicou que o Serviço Único de Assistência Social (SUAS) pode prestar auxílio técnico ou financeiro às organizações da sociedade civil cadastradas junto ao SUAS. O mesmo avaliou a intenção do CMBA como uma iniciativa importante, mas que poderia apenas prestar o auxílio na inscrição junto ao sistema para formalização de parceria.

Confira o vídeo em que o secretário Paulo Debatin esclarece as possibilidades de parceria com o Coletivo Mulheres do Brasil em Ação:

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