Por unanimidade, TSE cassa mandato de Deltan Dallagnol

Publicado em 16/05/2023 21h23

Em julgamento na noite desta terça-feira (16), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por unanimidade, cassou o registro de candidatura e o mandato de deputado federal do ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol (Podemos). Dallagnol se tornou celebridade por acusar o então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com uma montagem de PowerPoint – e pode se tornar inelegível. Ele foi coordenador da operação Lava Jato.

Receba notícias da Marazul no WhatsApp: Entrar no grupo

A ação no TSE é de autoria da Federação Brasil Esperança no Paraná (PT, PCdoB e PV) e seu relator é o ministro Benedito Gonçalves, que votou a favor da cassação e foi acompanhado pelos seus pares. Segundo os partidos, Dallagnol teria infringido regras da Lei da Ficha Limpa.

A pretensão das legendas foi negada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) em outubro de 2022, logo após o ex-procurador se eleger com 344,9 mil votos, o deputado mais votado no Paraná.

Federação alegou manobra

A federação partidária alegou uma manobra do agora ex-parlamentar. Dallagnol não teria situação jurídica para ser candidato, segundo os argumentos. Isso porque, em 2021, quando deixou o Ministério Público Federal, ele respondia a processo administrativo no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

A tese dos partidos é de que Dallagnol saiu do MPF para evitar uma condenação administrativa que, de qualquer maneira, como prevê a lei, o deixaria inelegível. Para o TRE-PR, não havia esse obstáculo. A federação então recorreu ao TSE.

Além isso, ele foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em um processo que avaliou o pagamento de diárias a procuradores da Lava Jato. O ex-procurador foi condenado a restituir R$ 2,8 milhões aos cofres públicos.

O caso não terminou na Justiça Comum, dado que o juiz Augusto César Pansini Gonçalves, da 6ª Vara Federal de Curitiba, suspendeu em setembro, antes das eleições, o acórdão do TCU que condenou Deltan.

Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados.

Veja também

Um ciclista de 58 anos morreu na manhã deste sábado (10) após ser atropelado por…

Um ciclista de 58 anos morreu na manhã deste sábado (10) após ser atropelado por…

Uma jovem de 17 anos ficou ferida após uma colisão entre um carro e uma…

Uma jovem de 17 anos ficou ferida após uma colisão entre um carro e uma…

Um pedestre foi atropelado por um carro na manhã desta sexta-feira (9), por volta das…

Um pedestre foi atropelado por um carro na manhã desta sexta-feira (9), por volta das…

O Grupo Espírita Lar de Jesus, de Balneário Piçarras, divulgou a tabela das suas atividades…

O Grupo Espírita Lar de Jesus, de Balneário Piçarras, divulgou a tabela das suas atividades…

Foi sepultado nesta quinta-feira (8) Elias Hélio Cavalcante de Moura, de 51 anos, o motociclista…

Foi sepultado nesta quinta-feira (8) Elias Hélio Cavalcante de Moura, de 51 anos, o motociclista…

Por unanimidade, TSE cassa mandato de Deltan Dallagnol

Em julgamento na noite desta terça-feira (16), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por unanimidade, cassou

Publicado em 16/05/2023 21h23

Em julgamento na noite desta terça-feira (16), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por unanimidade, cassou o registro de candidatura e o mandato de deputado federal do ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol (Podemos). Dallagnol se tornou celebridade por acusar o então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com uma montagem de PowerPoint – e pode se tornar inelegível. Ele foi coordenador da operação Lava Jato.

Receba notícias da Marazul no WhatsApp: Entrar no grupo

A ação no TSE é de autoria da Federação Brasil Esperança no Paraná (PT, PCdoB e PV) e seu relator é o ministro Benedito Gonçalves, que votou a favor da cassação e foi acompanhado pelos seus pares. Segundo os partidos, Dallagnol teria infringido regras da Lei da Ficha Limpa.

A pretensão das legendas foi negada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) em outubro de 2022, logo após o ex-procurador se eleger com 344,9 mil votos, o deputado mais votado no Paraná.

Federação alegou manobra

A federação partidária alegou uma manobra do agora ex-parlamentar. Dallagnol não teria situação jurídica para ser candidato, segundo os argumentos. Isso porque, em 2021, quando deixou o Ministério Público Federal, ele respondia a processo administrativo no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

A tese dos partidos é de que Dallagnol saiu do MPF para evitar uma condenação administrativa que, de qualquer maneira, como prevê a lei, o deixaria inelegível. Para o TRE-PR, não havia esse obstáculo. A federação então recorreu ao TSE.

Além isso, ele foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em um processo que avaliou o pagamento de diárias a procuradores da Lava Jato. O ex-procurador foi condenado a restituir R$ 2,8 milhões aos cofres públicos.

O caso não terminou na Justiça Comum, dado que o juiz Augusto César Pansini Gonçalves, da 6ª Vara Federal de Curitiba, suspendeu em setembro, antes das eleições, o acórdão do TCU que condenou Deltan.

Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados.

Veja também

Foi sepultado nesta quinta-feira (8) Elias Hélio Cavalcante de Moura, de 51 anos, o motociclista…

Motorista morre após sete horas preso às ferragens em acidente na BR-280, em Araquari Receba…

A Prefeitura de Balneário Piçarras abre edital de Muralismo e Artes Visuais Urbanas para credenciamento…

Selecione uma rádio para escutar
Nenhuma rádio selecionada