Uma rede com várias tartarugas mortas foi encontrada na tarde desta quarta-feira, dia 30 de novembro, causando tristeza a ativistas do meio ambiente em Barra Velha e região. A rede, segundo fontes da Rede Marazul, foi encontrada na Praia do Cerro, em Itajuba, divisa com a orla do Itacolomi, em Balneário Piçarras. Há pelo menos 10 tartarugas dentro da fiação.
A imagem ilustra o drama vivido pelas tartarugas capturadas em redes de pesca ao longo do litoral catarinense e brasileiro – o que, se não for revertido, impactará diretamente o futuro das tartarugas marinhas. Não se sabe a origem dessa rede, o que impossibilita a responsabilização de eventuais proprietários.
Em Barra Velha, defensores do meio ambiente como o jornalista Ezequiel Díaz Savino e o doutor em saúde pública Maurício Coimbra, já executaram programas de proteção às tartarugas e conscientização dos pescadores sobre esse problema. Eles sempre reivindicam maior fiscalização das autoridades ambientais.
A princípio, há uma vistoria permanente da orla desde Laguna, em Santa Catarina, até Saquarema, no Rio de Janeiro, através do Projeto de Monitoramento das Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Dentro desse espaço, a região de Barra Velha é monitorada desde Barra Velha até Governador Celso Ramos, dentro do PMP-BS, e executada pela Univali, contratada pelo projeto.
Fundema vai checar
O objetivo do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos é avaliar a interferência das atividades de produção e escoamento de petróleo realizadas na Bacia de Santos sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através dessa observação das praias e do atendimento veterinário a animais vivos e mortos. O PMP-BS tem caráter regional e está relacionado a processos de licenciamento ambiental da Petrobras na Bacia de Santos.
A Fundação do Meio Ambiente (Fundema) de Barra Velha, procurada pelo jornalismo da Rede Marazul, reforçou que não havia recebido ainda a ocorrência. O presidente da Fundema, Giovanni Tomazelli, pontuou, entretanto, que nesta tarde vistoriará a orla do Cerro. A princípio, com o monitoramento do PMP-BS, executado pela Univali, há uma vistoria diária das praias, recolhendo esses animais para eventuais necropsias e estudos complementares, além de numeração para as devidas estatísticas e proteção ambiental.