Ex-governador Raimundo Colombo, pré-candidato ao governo do Estado, pelo PSD, revela contrariedade quando o assunto é gestão econômica do atual gestor estadual. Segundo Colombo, que esteve no Radar Marazul, da Rede Marazul (94,5 e 97.1 FM), “de pouco adianta os cofres do governo estarem cheios se a geladeira das pessoas está vazia”. Ele identificou erros do qual governo, tanto na pandemia como na gestão econômica.
Para o entrevistado, a eleição do atual governador foi uma espécie de loteria, porquanto elegeu-se sem conhecer a máquina do governo e sem qualquer noção de como governar.
Entre o erros do atual governo, Colombo identificou os equívocos do combate à pandemia, quando o governador decidiu fechar tudo sem que houvesse internações que justificassem o procedimento. “Além disso tem o caso dos respiradores”, lembrou.
Na sua visão, o próximo governador de Santa Catarina deverá estar preparado para desafios pontuais, diante de uma realidade que não permitirá cometer os mesmos erros. Lembrou, por exemplo, que em 2050 o país terá uma numerosa população com mais de 65 anos. Essa condição exigirá preparo dos governantes, “por isso, no meu caso, estou me preparando realizando cursos e conhecendo de perto a realidade do meu Estado”, acentuou.
Sobre a próxima eleição para a presidência da República, Raimundo Colombo condena a tendência atual de polaridade entre dois candidatos. “Precisamos revolucionar o processo político, aproximando as pessoas e evitar o equívoco que hoje ocorre com o predomínio da judicialização. Esse novo modelo, na sua visão passa pela necessidade de fortalecimento de uma terceira via, capaz de oferecer novas alternativas de governo para a população brasileira”.
Para o ex-governador, a atual gestão estadual se dá de forma muito burocrática, sem sentir as dores das pessoas. “A atual política econômica do estado catarinense está equivocada, priorizando a cobrança de impostos de forma descontrolada. Cita como exemplo o reajuste de 27% no IPVA. Não adianta encher os cofres do estado e deixar a geladeira das pessoas vazia”, constatou. Esses equívocos, disse, podem levar o Estado a perder a capacidade de prosperar.
Finalmente, Raimundo Colombo, entrevistado pelo repórter Robert de Sousa, falou da sua condição de pré-candidato ao governo do estado, reiterando sua identificação com cargos executivos, lembrando que além de ter sido governador, foi três vezes prefeito de Lages. Embora revele no não desejar concorrer ao legislativo no momento, ele admite ter responsabilidade, sentindo a necessidade de participar, até mesmo para o legislativo.