Caso de médicos indiciados por fraudar ponto em Joinville completa um ano sem desfecho

Inquérito apontou que os 11 profissionais do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt teriam cometido o
Publicado em 15/12/2021 11h50

A operação contra 11 médicos de Joinville investigados pelo crime de falsidade ideológica completa um ano nesta quarta-feira (15) e o caso segue sem um desfecho. Eles foram indiciados pela Polícia Civil pela suspeita de fraudar o registro do ponto de trabalho no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt e ainda aguardam um posicionamento do Ministério Público de SC.

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O inquérito da Polícia Civil concluiu que os médicos registravam o ponto eletrônico no horário de entrada, mas não permaneciam no hospital durante o turno de trabalho. No fim do expediente, retornavam à unidade para sinalizar a saída e garantiam o pagamento integral dos salários.

Os 11 indiciados são servidores concursados do Estado, com salários que chegavam até R$ 20 mil, por uma jornada de 80 horas mensais a serem cumpridas presencialmente. Entre eles, há profissionais com vínculo funcional de até 20 anos. 

Dois médicos foram presos em flagrante durante a operação por terem sido encontrados em casa enquanto os pontos de trabalho estavam em aberto no hospital. Dois dias após a prisão, eles pagaram fiança e foram liberados. Um terceiro médico foi flagrado entrando em um motel durante o expediente.

O inquérito foi concluído, e o indiciamento da Polícia Civil ocorreu em janeiro deste ano por falsidade ideológica, com o agravante da prática ter ocorrido durante um período de calamidade pública, decretada por causa da pandemia do coronavírus.

MP e CRM ainda apuram suspeitas contra médicos

Após quase um ano desde que recebeu o inquérito, o Ministério Público ainda não concluiu a análise dos documentos. Segundo o MP, faltam algumas diligências e o processo está em fase de conclusão pela Promotoria de Justiça, que avalia alguns documentos.

O Conselho Regional de Medicina (CRM-SC) também abriu um procedimento para analisar o caso após o indiciamento dos profissionais. Segundo a entidade, os “fatos envolvendo os médicos estão sendo apurados pelo setor de corregedoria”.

No entanto, o CRM não divulgou mais detalhes sobre a apuração porque uma resolução do Conselho Federal de Medicina resguarda o sigilo processual.

Estado avalia se abre processo administrativo

Administrado pelo governo do Estado, o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt afirmou que o caso é tratado diretamente pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e não se pronunciou a respeito do indiciamento.

A SES informou que foi realizada uma sindicância investigativa para apurar a suposta fraude nos pontos. Segundo a SES, o processo segue o trâmite legal e está em andamento na Corregedoria, que vai decidir sobre a abertura de um processo administrativo disciplinar.

A reportagem ainda questionou o Estado se os profissionais continuam afastados do trabalho e com salários suspensos, como foi determinado em dezembro do ano passado. No entanto, a Secretaria da Educação não respondeu até o momento.

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O inquérito da Polícia Civil concluiu que os médicos registravam o ponto eletrônico no horário de entrada, mas não permaneciam no hospital durante o turno de trabalho. No fim do expediente, retornavam à unidade para sinalizar a saída e garantiam o pagamento integral dos salários.

Os 11 indiciados são servidores concursados do Estado, com salários que chegavam até R$ 20 mil, por uma jornada de 80 horas mensais a serem cumpridas presencialmente. Entre eles, há profissionais com vínculo funcional de até 20 anos. 

Dois médicos foram presos em flagrante durante a operação por terem sido encontrados em casa enquanto os pontos de trabalho estavam em aberto no hospital. Dois dias após a prisão, eles pagaram fiança e foram liberados. Um terceiro médico foi flagrado entrando em um motel durante o expediente.

O inquérito foi concluído, e o indiciamento da Polícia Civil ocorreu em janeiro deste ano por falsidade ideológica, com o agravante da prática ter ocorrido durante um período de calamidade pública, decretada por causa da pandemia do coronavírus.

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Após quase um ano desde que recebeu o inquérito, o Ministério Público ainda não concluiu a análise dos documentos. Segundo o MP, faltam algumas diligências e o processo está em fase de conclusão pela Promotoria de Justiça, que avalia alguns documentos.

O Conselho Regional de Medicina (CRM-SC) também abriu um procedimento para analisar o caso após o indiciamento dos profissionais. Segundo a entidade, os “fatos envolvendo os médicos estão sendo apurados pelo setor de corregedoria”.

No entanto, o CRM não divulgou mais detalhes sobre a apuração porque uma resolução do Conselho Federal de Medicina resguarda o sigilo processual.

Estado avalia se abre processo administrativo

Administrado pelo governo do Estado, o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt afirmou que o caso é tratado diretamente pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e não se pronunciou a respeito do indiciamento.

A SES informou que foi realizada uma sindicância investigativa para apurar a suposta fraude nos pontos. Segundo a SES, o processo segue o trâmite legal e está em andamento na Corregedoria, que vai decidir sobre a abertura de um processo administrativo disciplinar.

A reportagem ainda questionou o Estado se os profissionais continuam afastados do trabalho e com salários suspensos, como foi determinado em dezembro do ano passado. No entanto, a Secretaria da Educação não respondeu até o momento.

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