Santa Catarina registrou, em 2024, a melhor distribuição de renda entre todos os estados brasileiros, segundo a Síntese de Indicadores Sociais divulgada pelo IBGE. O levantamento mostra que o estado tem o menor Índice de Gini do país, indicador que mede o grau de desigualdade de renda. Quanto mais próximo de zero, melhor a distribuição; quanto mais próximo de um, maior a desigualdade.

De acordo com o IBGE, Santa Catarina alcançou índice de 0,430, o mais baixo entre as 27 unidades da federação. Rondônia e Mato Grosso aparecem empatados em segundo lugar, ambos com 0,442. A média nacional ficou em 0,504.

O governador Jorginho Mello destacou que o desempenho é reflexo de políticas voltadas ao desenvolvimento equilibrado entre as regiões. Ele citou investimentos em infraestrutura, saúde, crédito para pequenos empreendedores e ações para fortalecer a indústria no interior como fatores que contribuem para um crescimento mais igualitário.

O secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck, reforçou que a economia catarinense tem um histórico de descentralização, com força do cooperativismo e das pequenas e médias propriedades rurais e industriais. Para ele, essa estrutura ajuda a manter a renda mais distribuída, ampliando o poder de compra da população e fortalecendo o consumo local.

Além do bom desempenho no Índice de Gini, Santa Catarina também lidera outros indicadores sociais. O estado possui a menor taxa de pobreza e extrema pobreza do país, a menor taxa de desemprego — atualmente em 2,3% — e rendimento per capita acima da média brasileira. Também é o estado com menor participação no programa Bolsa Família.

Outro dado que reafirma essa posição é o Índice Palma, divulgado pelo IBGE. O indicador compara a renda dos 10% mais ricos com a renda dos 40% mais pobres. Santa Catarina novamente aparece com a menor desigualdade do Brasil, registrando índice de 2,17, abaixo da média nacional de 3,31. Rondônia (2,32) e Mato Grosso (2,34) completam a lista dos estados com melhor desempenho. Distrito Federal, Pernambuco e Roraima estão entre os que apresentam maior concentração de renda.

Os resultados reforçam o cenário de estabilidade econômica e social no estado e indicam que as políticas públicas voltadas ao desenvolvimento regional continuam tendo impacto positivo na qualidade de vida dos catarinenses.