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Brasil só perde para três países em taxa de jovens “nem-nem”

Nova pesquisa mostra cenário preocupante entre jovens de 18 a 24 anos
Publicado em 10/12/2025 09h31 | Atualizado há 47 minutos

Um novo levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) colocou o Brasil em uma posição nada confortável: o país é o quarto com a maior proporção de jovens de 18 a 24 anos que não estudam e nem trabalham — o grupo conhecido como “nem-nem”.

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O relatório Education at a Glance 2025 mostra que, em 2024, 24% dos jovens brasileiros estavam fora tanto da escola quanto do mercado de trabalho, praticamente o dobro da média dos países-membros da OCDE, que fica em 14%.

O Brasil só fica atrás de África do Sul (48%), Turquia (31%), Colômbia (27%) e Costa Rica (24%) — que aparece empatada tecnicamente com o índice brasileiro. Na ponta oposta estão países como Islândia e Holanda, onde apenas 5% dos jovens vivem essa realidade.

Mesmo com números altos, Brasil conseguiu avançar

O relatório aponta que, apesar de ainda ocupar as primeiras posições do ranking negativo, o Brasil conseguiu melhorar. Em 2019, 30% dos jovens estavam nessa situação. A queda de 6 pontos percentuais em cinco anos faz do país o segundo que mais avançou no período, atrás apenas da Itália.

A OCDE avalia que essas reduções são resultado de políticas que facilitaram o acesso dos jovens ao ensino superior, cursos técnicos ou ao mercado de trabalho. Segundo a entidade, reforçar essas estratégias é essencial para manter a curva de melhora.

Mulheres são as mais afetadas

A desigualdade de gênero também chama atenção. Entre as mulheres brasileiras de 18 a 24 anos, 29% não estudavam nem trabalhavam em 2024. Entre os homens, a taxa cai para 19%.

Nos países da OCDE, essa diferença praticamente não existe — o que evidencia um desafio extra no Brasil.

Por que isso importa

A OCDE reforça que esse período da vida é decisivo para o futuro profissional. Jovens que permanecem muito tempo fora da escola e do mercado tendem a enfrentar dificuldades maiores para se inserir depois — tanto pela falta de experiência quanto pela perda de habilidades importantes para o trabalho.

Segundo o relatório, esse afastamento prolongado pode gerar um ciclo difícil de quebrar: menos oportunidades, mais frustração, risco de exclusão social e impactos na saúde mental, como ansiedade e depressão.

Países com as maiores taxas de jovens que não estudam e não trabalham (18 a 24 anos)

  • África do Sul – 48%
  • Turquia – 31%
  • Colômbia – 27%
  • Costa Rica – 24%
  • Brasil – 24%

Na média dos países da OCDE, o índice é de 14%.

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Brasil

Nova pesquisa mostra cenário preocupante entre jovens de 18 a 24 anos

Por Jeane Carla

Publicado em 10/12/2025 09h31 | Atualizado há 47 minutos

Um novo levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) colocou o Brasil em uma posição nada confortável: o país é o quarto com a maior proporção de jovens de 18 a 24 anos que não estudam e nem trabalham — o grupo conhecido como “nem-nem”.

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O relatório Education at a Glance 2025 mostra que, em 2024, 24% dos jovens brasileiros estavam fora tanto da escola quanto do mercado de trabalho, praticamente o dobro da média dos países-membros da OCDE, que fica em 14%.

O Brasil só fica atrás de África do Sul (48%), Turquia (31%), Colômbia (27%) e Costa Rica (24%) — que aparece empatada tecnicamente com o índice brasileiro. Na ponta oposta estão países como Islândia e Holanda, onde apenas 5% dos jovens vivem essa realidade.

Mesmo com números altos, Brasil conseguiu avançar

O relatório aponta que, apesar de ainda ocupar as primeiras posições do ranking negativo, o Brasil conseguiu melhorar. Em 2019, 30% dos jovens estavam nessa situação. A queda de 6 pontos percentuais em cinco anos faz do país o segundo que mais avançou no período, atrás apenas da Itália.

A OCDE avalia que essas reduções são resultado de políticas que facilitaram o acesso dos jovens ao ensino superior, cursos técnicos ou ao mercado de trabalho. Segundo a entidade, reforçar essas estratégias é essencial para manter a curva de melhora.

Mulheres são as mais afetadas

A desigualdade de gênero também chama atenção. Entre as mulheres brasileiras de 18 a 24 anos, 29% não estudavam nem trabalhavam em 2024. Entre os homens, a taxa cai para 19%.

Nos países da OCDE, essa diferença praticamente não existe — o que evidencia um desafio extra no Brasil.

Por que isso importa

A OCDE reforça que esse período da vida é decisivo para o futuro profissional. Jovens que permanecem muito tempo fora da escola e do mercado tendem a enfrentar dificuldades maiores para se inserir depois — tanto pela falta de experiência quanto pela perda de habilidades importantes para o trabalho.

Segundo o relatório, esse afastamento prolongado pode gerar um ciclo difícil de quebrar: menos oportunidades, mais frustração, risco de exclusão social e impactos na saúde mental, como ansiedade e depressão.

Países com as maiores taxas de jovens que não estudam e não trabalham (18 a 24 anos)

  • África do Sul – 48%
  • Turquia – 31%
  • Colômbia – 27%
  • Costa Rica – 24%
  • Brasil – 24%

Na média dos países da OCDE, o índice é de 14%.