A terceirização dos médicos no Pronto Atendimento de Barra Velha voltou a gerar polêmica. Durante sessão na Câmara de Vereadores, parlamentares criticaram a decisão da Prefeitura, que realizou uma licitação e contratou uma empresa especializada em plantões médicos de média e alta complexidade, além dos serviços de urgência e emergência. A medida já foi adotada anteriormente, mas precisou ser cancelada após recomendação do Ministério Público, que exigiu o retorno da gestão direta pelo município. O tema repercutiu no plenário e o vereador Nelson Feder, do Podemos, apresentou os números do novo contrato.
“A situação da nossa população acabou ficando em números indesejáveis. O contrato foi fechado em três milhões e duzentos e treze mil por um ano de plantões, que correspondem a vinte e oito mil novecentos e oito plantões médicos previstos na licitação. Isso vai reduzir muito o valor da hora médica, o repasse para os profissionais. Nós não queremos que isso siga adiante, mas, se for levado à frente, pode ter certeza de que vamos cobrar todo o serviço que foi colocado na licitação. A empresa vai ter que entregar exatamente o que foi prometido”, destacou Nelson.
Nelson destaca que a mudança pode comprometer diretamente a qualidade do atendimento prestado à população. Segundo ele, atualmente o município paga em média R$ 130 por hora aos profissionais. Com a nova licitação, esse valor pode cair para R$ 111 e, segundo informações obtidas pela Câmara, a empresa vencedora já estaria oferecendo somente R$ 80 a hora para médicos interessados. Um cenário que, segundo o parlamentar, pode afastar profissionais mais capacitados da rede de urgência e emergência.
O jornalismo da Marazul procurou a secretaria municipal de saúde de Barra Velha que, novamente, não comentou sobre o caso.
Reportagem – Alan Rosa.
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