Já foram registrados 165 casos de síndrome respiratória aguda grave desde janeiro.
Uma criança e um idoso são as primeiras vítimas da síndrome respiratória aguda grave (SRAG), agravamento decorrente da gripe (influenza), em Navegantes neste ano. As mortes acendem um alerta para a cidade, que enfrenta baixa adesão à vacinação. Em mais de dois meses de campanha, apenas 34% da população se vacinou.
O índice vacinal é ainda mais preocupante entre as crianças, um dos públicos-alvo da campanha, que representam os pacientes que mais procuram os serviços de saúde em decorrência da SRAG. “Temos 165 casos de síndrome respiratória aguda grave em Navegantes, dos quais 143 são de crianças de 0 a 9 anos”, revela Tiago Lopes, diretor da Vigilância em Saúde do município.
“Hoje, cerca de 60% dos casos atendidos nas unidades básicas de saúde e no hospital são de pessoas com sintomas gripais e temos cinco pacientes internados em UTI em decorrência da SRAG”, conta Sandra Kasai, médica da Secretaria de Saúde.
Segundo a responsável pela Atenção Primária de Saúde do município, Giseli Onoles, a maioria dos casos relacionados à gripe é ocasionada pela cepa da influenza A, justamente o vírus que a vacina disponível protege. “Existem centenas de tipos de vírus da gripe e muitos deles ocasionam sintomas mais leves, como espirros e nariz escorrendo. Porém, a vacina protege justamente contra as cepas mais perigosas, que causam os casos graves, internações e até mortes”, explica.
A vacina está disponível em dez unidades básicas de saúde: Gravatá, Meia Praia, Verde Mar, Central, São Paulo, Nossa Senhora das Graças, São Domingos II, Machados, Porto das Balsas e Escalvados. A população pode se vacinar de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.
Em paralelo, a Secretaria de Saúde tem feito ações itinerantes para garantir uma maior cobertura vacinal na cidade, como vacinação no domicílio para pessoas acamadas, em escolas, em empresas e em eventos do município, como a feira Agropescarte e o Navega Até Você.
“Pedimos a colaboração da população para que procure uma UBS com sala de vacina e garanta sua imunização, protegendo a si e os outros. A vacina da influenza é gratuita, segura, não causa gripe nem outras doenças e continua sendo a principal arma contra as síndromes respiratórias graves”, pontua o secretário de Saúde, Pablo Sebastian Velho.
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Foto: MARAZUL / ARQUIVO.
