Buracos, lama e muita dificuldade fazem parte da realidade de quem precisa passar pela Rua 1003, em meio aos transtornos causados pela falta de infraestrutura. Cansados de esperar por uma solução, os moradores decidiram se unir e aderir ao programa de pavimentação comunitária, um modelo em que a prefeitura entra com a obra de drenagem e os moradores assumem os custos da pavimentação diretamente com a empresa responsável. A moradora Juliana Piske fala mais sobre o descaso da prefeitura com o local.
“Estamos nessa luta há mais de cinco anos, buscando a pavimentação comunitária. Já procuramos o poder público, mas até agora não tivemos retorno. Eles simplesmente não respondem. Estamos aguardando um projeto que deveria ter começado no primeiro semestre deste ano, mas não saiu do papel. A rua foi dividida em duas etapas, e nem a primeira foi iniciada. Assinamos um contrato, com adesão de 70% dos moradores. Nós pagamos uma parte, e a prefeitura cobre o valor restante”, destacou Juliana.
Além do problema da pavimentação, os moradores agora se depararam com um novo problema. A rua, que antes dava até a praia, agora foi interrompida por um novo terreno no meio da via. É o que explica o morador Osiel Boaventura.
“Vieram e aterraram esse terreno por cima de todas as tubulações, e não fomos avisados de nada. Sabíamos que aqui era rua. Não veio nenhuma fiscalização. A única informação que tivemos é que, ao lado esquerdo desse terreno, é uma praça, e que a prefeitura não quis indenizar o proprietário desse local”, ressaltou Osiel.
Em nota, a prefeitura de Barra Velha informou que a rua encontra-se com cerca de 75% da tubulação concluída e aproximadamente 50% das travessas e esperas de boca de lobo finalizadas. A obra agora aguarda a liberação da próxima remessa de materiais. Paralelamente, o município informou que está elaborando a lei de cobrança da Contribuição de Melhoria e também reservando o valor correspondente à parte que cabe ao poder público referente aos quase 30% de imóveis que não aderiram ao projeto.
Em relação ao bloqueio da rua, a Prefeitura reconheceu que houve um erro em gestões anteriores, quando abriram a rua em local errado. Conforme o secretário de Planejamento, Marcelo Cunha, o projeto original do loteamento prevê uma praça naquele local. O município afirma que notificará os proprietários que construíram fora do traçado original. Segundo ele, o município fará valer o planejamento original e abrirá as ruas no seu traçado verdadeiro.
Reportagem – Alan Rosa.
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