Balneário Camboriú acolhe 259 moradores de rua numa semana; de janeiro a abril, 338 ganharam passagens de volta

A Secretaria de Assistência Social, Mulher e Família divulgou, nesta quinta-feira (24), o relatório do

Publicado em 25/04/2025 08h33 | Atualizado há 5 dias

A Secretaria de Assistência Social, Mulher e Família divulgou, nesta quinta-feira (24), o relatório do Serviço Especializado em Abordagem Social da última semana. Entre os dias 17 e 23 de abril, foram realizadas 528 abordagens, em atendimento a 212 pessoas (algumas foram atendidas mais de uma vez), sendo que destas, 177 aceitaram auxílio. A Casa de Passagem do Migrante acolheu 259 pessoas em situação de rua e 13 pessoas receberam o acolhimento institucional através de vagas credenciadas pelo município. Também foram concedidas 15 passagens rodoviárias para retorno às famílias em suas cidades de origem.

Desde o início do ano foram realizadas 10.941 abordagens para 1.290 pessoas em situação de rua (1.147 delas aceitaram o auxílio, totalizando 88,9%). A Casa de Passagem realizou 4.391 acolhimentos, com 137 acolhimentos em instituições credenciadas. Foram concedidas, de janeiro a abril, 338 passagens rodoviárias para a cidade de origem.

De acordo com o secretário de Assistência Social, Mulher e Família, Omar Tomalih, esses números demonstram a confiança da população no trabalho da abordagem social. “As pessoas sabem que nós damos a devida direção àqueles que aceitam o acolhimento, buscando trazer uma solução para esta problemática que assola cidades turísticas como a nossa”, ressaltou.

É importante destacar que muitas pessoas, especialmente aquelas que não aceitam ajuda devido à dependência química crônica, são abordadas várias vezes ao longo do mês, com registros de até 30 abordagens realizadas no período para a mesma pessoa. Portanto, é necessário diferenciar o número de atendimentos do número de pessoas abordadas.

Outro dado relevante é que 69% das pessoas atendidas não possuíam vínculo com Balneário Camboriú, confirmando o perfil migratório predominante.

Os acolhimentos na Casa de Passagem do Migrante são no modo pernoite, ou seja, a pessoa recebe acolhimento por um dia, podendo retornar no dia seguinte, conforme a disponibilidade.

Já o acolhimento em instituições credenciadas ocorre por meio de três instituições com as quais o município mantém convênio, funcionando como uma extensão da Casa de Passagem. Nesse tipo de acolhimento, a pessoa pode permanecer por até 90 dias.

Atualmente, há 55 pessoas acolhidas nessas instituições. Vale destacar que não se trata de internação, pois esse acolhimento é solicitado e autorizado pela própria pessoa, permitindo que ela se reestruture e se reintegre à sociedade.

Abordagem Social

A Abordagem Social opera de forma ininterrupta, com equipes disponíveis 24 horas por dia, todos os dias do ano. O trabalho inclui buscas ativas para identificar e oferecer auxílio às pessoas em situação de rua. Quando o acolhimento é recusado, são fornecidas orientações sobre os serviços disponíveis. O atendimento também pode ser solicitado pelo telefone 156 e WhatsApp (47) 98807-2405.

As pessoas que aceitam o atendimento são direcionadas à Casa de Passagem do Migrante, onde recebem cuidados básicos, como higiene, alimentação e repouso. Posteriormente, a equipe de referência avalia as necessidades específicas de cada indivíduo, promovendo a garantia de direitos e o acesso aos serviços socioassistenciais, conforme prevê a legislação.

Sintonize as rádios da Rede Marazul diretamente pelo site oficial. Para mais conteúdo exclusivo, siga nossos perfis no Instagram (@marazul97fm e @marazul94fm) e acompanhe o portal Marazul News para as principais notícias de Piçarras e região. Faça parte também da nossa comunidade do WhatsApp.

Foto: DIVULGAÇÃO / PMBC.

Veja também

Um acidente envolvendo três caminhões foi registrado na manhã desta quarta-feira (30), no quilômetro 664…

Um acidente envolvendo três caminhões foi registrado na manhã desta quarta-feira (30), no quilômetro 664…

Os atletas da Gracie Barra/Balneário Piçarras se destacaram no último final de semana, dia 27…

Os atletas da Gracie Barra/Balneário Piçarras se destacaram no último final de semana, dia 27…

O bebê de um ano e quatro meses morto sob suspeita de torturas em Balneário…

O bebê de um ano e quatro meses morto sob suspeita de torturas em Balneário…

De 1º a 4 de maio, Balneário Piçarras participará dos Jogos Abertos da Terceira Idade…

De 1º a 4 de maio, Balneário Piçarras participará dos Jogos Abertos da Terceira Idade…

A quarta-feira (30) que antecede o feriado do Dia do Trabalhador é de congestionamento nas…

A quarta-feira (30) que antecede o feriado do Dia do Trabalhador é de congestionamento nas…

Balneário Camboriú acolhe 259 moradores de rua numa semana; de janeiro a abril, 338 ganharam passagens de volta

A Secretaria de Assistência Social, Mulher e Família divulgou, nesta quinta-feira (24), o relatório do

Publicado em 25/04/2025 08h33 | Atualizado há 5 dias

A violência contra a mulher tem sido debatida por organizações do litoral norte catarinense. As discussões tem avançado sobre os sistemas judiciários de atendimento às demandas femininas e são encabeçados pelo Coletivo Mulheres do Brasil em Ação (o CMBA). Em Balneário Piçarras, um espaço reservado que já existe para acolher mulheres vítimas de violência domésticas corre o risco de fechar por falta de verbas para manutenção que hoje conta com algumas doações e pessoal voluntário. Apenas no mês de janeiro em Balneário Piçarras foram decretadas dez medidas protetivas.

Movimento busca trazer atendimento para as mulheres vítimas de violência doméstica.
Movimento busca trazer atendimento para as mulheres vítimas de violência doméstica.

O CMBA também criou a primeira casa de referência de atendimento à mulher com equipe especializada que atua voluntariamente em Balneário Piçarras. A casa é sigilosa para reservar a integridade das mulheres violentadas, criadas unicamente com esforços da sociedade civil.

Um dos objetivos da organização é evitar o feminicídio e desde que o Coletivo começou a atuar nas principais cidades do litoral norte em 2019 não houve registro do crime.

A presidente da CMBA, Regina dos Santos, explicou que o espaço é um início para oportunizar o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica para que seja possível oferecer orientação jurídica e psicológica, com atendimento de mulheres de diversas cidades. Ela comenta que essa criação foi iniciada apenas com esforços da sociedade civil sem ajuda governamental.

O CMBA se formou em 2018 em meio a uma festa designada Festa da Mulherada em Barra Velha que reuniu cerca de 100 mulheres que acompanharam palestras, expressões artísticas e caminhadas. A reunião se transformou no Coletivo e formou também 32 promotoras legais populares.

O secretário de Assistência Social de Balneário Piçarras, Paulo Debatin, foi questionado pela Rede Marazul para saber se há possibilidade de auxiliar o movimento. Na tentativa de auxiliar a iniciativa, ele indicou que o Serviço Único de Assistência Social (SUAS) pode prestar auxílio técnico ou financeiro às organizações da sociedade civil cadastradas junto ao SUAS. O mesmo avaliou a intenção do CMBA como uma iniciativa importante, mas que poderia apenas prestar o auxílio na inscrição junto ao sistema para formalização de parceria.

Confira o vídeo em que o secretário Paulo Debatin esclarece as possibilidades de parceria com o Coletivo Mulheres do Brasil em Ação:

0
Clique aqui e comente.x