Tartarugas estavam mortas após emalhe em rede de pesca na Praia do Tabuleiro; animais foram retirados de petrecho de pesca por surfistas
Mais um caso indiscriminado de morte de tartarugas no litoral norte confirmado pela Univali – Unidade Penha, por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). A mortandade foi identificada sábado (30), na praia do Tabuleiro, em Barra Velha, onde técnicos da Unidade de Estabilização de Animais Marinhos da universidade receberam foram acionados por populares.
Um total de sete tartarugas-verdes (Chelonia mydas) estavam mortas na orla, e segundo relatos dos moradores, os animais foram retirados de uma rede de pesca por surfistas e levados até a faixa de areia.
As carcaças dos répteis foram recolhidas e encaminhadas para a Unidade de Estabilização, em Armação do Itapocoróy, Penha – ocorrência divulgada hoje (2), pela universidade. No local, passaram por avaliação das condições de saúde e exame de necropsia.
De acordo com a médica veterinária do PMP-BS/Univali, Tiffany Emmerich, na avaliação externa foi constatado que se tratava de animais juvenis, todos apresentando boas condições corpóreas, porém foram observadas marcas lineares compatíveis com petrecho de pesca em todos os indivíduos.
Devido ao avançado estado de decomposição de algumas carcaças, nem todos os exames puderam ser realizados com precisão. No entanto, a presença de marcas indicativas sugere que o emalhe incidental em rede de pesca pode ter sido a causa da morte. Foram coletados dados biométricos, além de amostras dos órgãos para a realização do exame histopatológico.
O emalhe incidental de tartarugas marinhas em redes de pesca é uma das ameaças à espécie. Muitas vezes, esses animais ficam presos enquanto nadam em busca de alimento e, sem conseguir subir à superfície para respirar, acabam ficando submersos por muito tempo e morrendo por afogamento ou asfixia.
De acorod com Tiffany, a conscientização de pescadores, mudança dos locais e horários de pesca, monitoramento constante das redes de emalhe, são algumas das alternativas para reduzir a captura acidental. A colocação de redes em locais proibidos, como por exemplo, próximos de costões e das praias, sobrepõe a atividade ao habitat natural da espécie e tende a aumentar a captura acidental.
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Imagens: DIVULGAÇÃO / UNIVALI PENHA.