O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) condenou a 73 anos de prisão o pescador que matou duas amigas num dos crimes mais brutais já registrados em Navegantes, crime ocorrido em 21 de junho do ano passado. Segundo a 3ª Promotoria de Justiça de Navegantes, Fernando Luis Kolhrawsch, 35 anos, autor das mortes, terá pena exata de 73 anos, 10 meses e 20 dias de prisão pelo latrocínio (roubo seguido de morte) de Daiana Salomão, 37 anos, e Raquel Jaqueline Hostins, 32. A decisão foi tomada após o julgamento concluído dia 31.
Na sentença, a juíza de Direito, Francielli Stadtlober Borges Agacci, destacou que o próprio acusado reconheceu sua participação nos crimes, confessando parcialmente os fatos, tanto à autoridade policial quanto em Juízo. Ele admitiu ter matado as vítimas, mas negou ter roubado seus bens. No entanto, as provas testemunhais e os elementos materiais encontrados no local dos crimes, como facas e pertences das moças, sustentam a conclusão de que o réu agiu com a intenção de subtrair os bens das vítimas.
Os crimes ocorreram numa residência em Navegantes, onde o acusado assassinou as duas mulheres. A primeira vítima foi atacada com diversos golpes e facadas na região lateral e posterior do pescoço. Após o crime, o réu levou o celular e a carteira da mulher.
No mesmo local, ele também roubou dois celulares, um relógio de pulso e uma bolsa da segunda vítima, que chegou à casa logo após o assassinato da primeira moça. Esta segunda mulher também foi golpeada com várias facadas e morreu em seguida. Os corpos de ambas foram encontrados 24 horas após o ocorrido, na residência de Raquel, à Rua Teodoro da Silva, no bairro Machados.
Na ocasião, Roney Péricles, delegado da Divisão de Investigação Criminal de Itajaí (DIC), revelou que a investigação reuniu imagens e outros elementos para reconstituir a dinâmica do crime. Os álibis usados pelo pescador foram desmentidos pelas provas encontradas ao longo dessa investigação.
Na ocasião, o suspeito admitiu estar bêbado e sob efeito de drogas. A perícia inicial não indicou sinais de violência sexual. Meses antes da morte, Carin participou de um podcast sobre educação nos estúdios da Marazul de Balneário Piçarras, e era professora muito querida na comunidade escolar.
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Fotos: ARQUIVO / MARAZUL.

