Um aluno de 10 anos teve uma faca colocada em seu pescoço no banheiro de uma escola na cidade de Penha. O autor do ato, um adolescente de 16 anos, que após identificado foi transferido para outro período.
A mãe do aluno procurou a direção da escola e registrou um boletim de ocorrência. Ela relata que o filho começou a apresentar comportamento diferente e que outro estudante, que sabia do caso, também estava com medo. A principal preocupação das famílias é possível falta de segurança nas unidades escolares. Em conversa com a Marazul, a mãe relata sobre o ocorrido.
“Ele tem 10 anos e sofreu uma ameaça no banheiro da escola, com uma faca. No dia em que aconteceu, ele não me contou nada, por medo, por se sentir ameaçado. Quem me contou foi meu outro filho, de 16 anos. Assim que eu soube, fui até a escola, conversei com o diretor e eles fizeram o que estava ao alcance deles. Começaram a avaliar o que seria possível fazer, porque hoje em dia já não se pode mais expulsar uma criança da escola, nem aplicar aquela suspensão de três dias. Eu não sei… acho que está faltando um pouco de punição para esses adolescentes”, afirmou a mãe.
O caso foi levado à Câmara de Vereadores, onde o tema da segurança escolar voltou a ser debatido. O vereador Maurício Brockveldt, MDB, apresentou um vídeo do relato da mãe e cobrou medidas urgentes para evitar novos episódios de violência. Ele destacou a respeito da fiscalização e enfatizou a necessidade de uma medida imediata perante a situação.
“Uma criança levar uma faca para dentro da escola e não haver nenhum tipo de fiscalização na entrada é algo muito sério. Não existe detector de metal, e isso seria importante, né? E não é tão caro — eu estava consultando, e se não me engano, um aparelho desse custa 400 ou 500 reais no máximo. Cada unidade escolar poderia ter um. Se a gente não fizer nada, se a gente começar a achar que isso é normal… porque não é normal. A sala de aula, o colégio, é um lugar para a criança estudar, não para ser ameaçada por outra criança”, destacou o vereador.
Diante da gravidade da situação, foi sugerida a implementação de medidas como detectores de metal e a presença de policiais aposentados na segurança das escolas. Conforme o vereador, o município de Penha já sancionou um projeto que permite a contratação desses profissionais para atuar na entrada das unidades escolares.
Pais e responsáveis cobram soluções rápidas para garantir a segurança dos alunos. O medo de novos episódios dentro ou nos arredores da escola gera preocupação, e a expectativa é de que providências sejam tomadas antes que algo mais grave aconteça. O jornalismo da Marazul buscou a escola para se manifestar a respeito do caso. Até o fechamento dessa reportagem, não houve retorno. No entanto, o espaço está à disposição para um eventual posicionamento.
Reportagem – João Sagas.
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