Vereador denuncia ‘apartheid’ em escola infantil catarinense: “Brancos numa sala, negros em outra”

O vereador Teodoro Adão (MDB) denunciou que crianças estariam sendo separadas de acordo com a

Publicado em 21/02/2025 20h00 | Atualizado há 67 dias

O vereador Teodoro Adão (MDB) denunciou que crianças estariam sendo separadas de acordo com a cor da pele no Núcleo Infantil Cebolinha, em São João Batista. Ele contou que, durante uma visita à unidade, percebeu que uma sala era composta majoritariamente por crianças negras, enquanto outra tinha apenas alunos brancos.

A denúncia surgiu após reclamações de pais de alunos, que relataram desconforto com a organização das turmas. O vereador, segundo o portal Diário do Centro do Mundo, foi até a escola e afirmou ter encontrado uma distribuição que considerou inaceitável. De acordo com Teodoro, a separação dos estudantes parecia clara, o que levantou suspeitas sobre o critério adotado para a formação das turmas.

“Estamos em um mundo onde todos devem ser respeitados. Aquilo foi um choque para mim. Tenho filhas negras. Quando cheguei a esta cidade, há 20 anos, havia poucas pessoas. Hoje, somos um polo industrial e recebemos pessoas de todos os lugares”, disse o político. “Ali é a educação. Não podemos dividir raças. Temos que tratar todos como iguais. Isso é inaceitável”, continuou.

Durante a visita, Teodoro questionou os profissionais da escola, mas não obteve explicações convincentes. Algumas professoras afirmaram que a separação já existia quando chegaram à unidade e que não poderiam interferir na organização das turmas. Após a denúncia, pais relataram que a escola passou a restringir a entrada de familiares, o que aumentou a insatisfação e as cobranças por esclarecimentos.

O caso gerou indignação e levou a Secretaria de Educação a se manifestar. A secretária Sandra Albino confirmou ter sido informada sobre o caso, mas disse que a distribuição dos alunos ocorreu sem intenção de segregação. Segundo ela, a divisão foi feita com base nos cadastros das matrículas. A gestora afirmou ainda que não haverá mudanças nas turmas sem o consentimento dos pais.

Sobre a restrição de acesso dos responsáveis, Sandra negou que houvesse impedimentos, alegando que o controle de entrada faz parte das normas de segurança da escola. Apesar disso, algumas famílias contestam a justificativa e cobram mais transparência sobre o caso. A Prefeitura também negou, em nota, qualquer ideia de segregação.

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Imagens: Reprodução / Internet.

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