Umbandistas ganham na Justiça e Caminhada de Iemanjá vai rolar em Itajaí

Publicado em 28/01/2025 17h36 | Atualizado há 146 dias

A 10ª edição da Caminhada de Iemanjá, programada para acontecer dia 2, em Itajaí, acabou na Justiça, após render uma acusação de intolerância religiosa contra a prefeitura local. O caso também gerou um mandado de segurança com prazo de 48 horas para o prefeito Robison Coelho (PL) se manifestar acerca da decisão. Nesta segunda-feira (27), a juíza Sôniza Mazzeto Moroso Terres, da Vara da Fazenda Pública, autorizou a promoção do evento, ligado à religião da Umbanda.

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O impasse judicial começou quando o pai de santo André Trindade, do bairro Cabeçudas, se deparou com a resistência da prefeitura em liberar o trânsito para a celebração. O evento comemorará seu 10º aniversário. Conforme explicou André, em entrevista ao DIARINHO, a caminhada dos espiritualistas enfrenta dificuldades há pelo menos três anos. Ele afirma que a situação ocorre devido à resistência de uma funcionária da Secretaria de Urbanismo.

Ela estaria fazendo exigências sem base legal para liberar o evento, o que configuraria “perseguição religiosa e, de certa forma, racial”. O pai de santo entrou na Justiça semana passada e obteve uma primeira vitória. A juíza Francielli Stadtlober Borges Agacci determinou um prazo para que a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) explique os motivos para a negativa em liberar a homenagem ao orixá mais popular do Brasil, considerado a rainha do mar.

Nesta segunda-feira (27), outra vitória: a juíza Sonia deferiu o pedido determinou que a Secretaria de Urbanismo de Itajaí, no prazo de 24 horas, retire a exigência de que o pedido de liberação de trânsito para a Codetran seja feito por pessoa jurídica com CNPJ, alvará e sede no bairro Cabeçudas.

Governo municipal nega racismo sobre Caminhada de Iemanjá em Itajaí

A Caminhada de Iemanjá se inspira na Caminhada da Pedra de Xangô. O evento é promovido em Salvador pela mãe Iara, para manifestar o respeito e o entendimento sobre a religião de matriz africana. Além disso, neste ano, a festa contará com a participação de Margarete Mendes, a Negona do Axé, do Rio de Janeiro. O evento terá início às 14h.

A prefeitura de Itajaí, entretanto, negou que haja racismo. Segundo nota do Poder Executivo, as exigências feitas pela funcionária efetiva da Secretaria de Desenvolvimento não configuram intolerância religiosa.

“O que houve foi a solicitação das autorizações da Coordenadoria de Trânsito (Codetran) e da Polícia Militar, medida necessária, considerando que o evento prevê 700 pessoas, trio elétrico e show”, justificou o Município.

A prefeitura também argumenta que Cabeçudas é predominantemente residencial, com apenas uma entrada e uma saída, exigindo maior atenção para garantir a segurança dos banhistas e dos participantes da caminhada. Desse modo, em caso de descumprimento, a juíza fixou multa diária de R$ 500, limitada a R$ 100 mil. A promoção do evento é do Terreiro de Ogum Beira-Mar, localizado em Cabeçudas.

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A prefeitura também argumenta que Cabeçudas é predominantemente residencial, com apenas uma entrada e uma saída, exigindo maior atenção para garantir a segurança dos banhistas e dos participantes da caminhada. Desse modo, em caso de descumprimento, a juíza fixou multa diária de R$ 500, limitada a R$ 100 mil. A promoção do evento é do Terreiro de Ogum Beira-Mar, localizado em Cabeçudas.

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