Há exatamente um ano, Barra Velha se deparava com seu principal escândalo de corrupção: suspeita de esquemas de desvio de verbas revelados através da Operação Travessia, do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e também do Ministério Público de Santa Catarina. Nesta sexta-feira (24), a prisão completa um ano, marcando o início de uma das maiores investigações de corrupção da história do município.
A operação, desencadeada logo na manhã de 24 de janeiro de 2024, levou à prisão Douglas Elias Costa (PL), então prefeito. O político acabou suspenso do cargo a partir de determinação do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC). Desse modo, permitiu a ascensão à política do então presidente da Câmara, Daniel Cunha (PSD). O mesmo, em outubro de 2024, elegeu-se prefeito com o apoio do grupo político de Douglas.
Além de Douglas, na ocasião foi ainda presa parte do primeiro escalão da prefeitura – entre ela, o então secretário de Planejamento, Elvis Füchter, o então secretário de Administração, Mauro da Silva, e o então diretor de Patrimônio, Osmar Firmo, além e ainda empresários suspeitos e servidor público. Todos alegaram inocência e saíram da prisão ao longo do ano de 2024.
Renúncia inesperada e troca de poder em Barra Velha
A mesma operação resultou na renúncia – até hoje não compreendida – de Eduardo Peres, o Tainha (à época, no PL). Logo, espaço foi aberto para Daniel assumir como prefeito interino, em 26 de janeiro último. Os crimes investigados na ocasião eram organização criminosa, corrupção e fraudes em licitações referentes à construção da ponte sobre o Rio Itajuba, e também na obra da sede da Unidade de Conservação Caminho do Peabiru.
O MP-SC apontou na época o recebimento, pelos agentes públicos, de vantagens indevidas dos empresários contratados, às custas de aditivos em série e medições supervalorizadas”.
Nesta sexta (24), o próprio Douglas – último dos envolvidos a ser liberado da prisão – relembrou a data pois a prisão completa um ano. Novamente alegando inocência, o ex-prefeito comentou em suas redes sociais que “colocaram ele na cadeia” e que foi uma “data marcante em sua vida”. Além disso, ele relembra como um episódio que causou “alegria” em alguns, “tristeza e indignação” em outros.
Posteriormente, Douglas ficou por dez meses na Unidade Prisional da Canhanduba, em Itajaí, e sua ordem de soltura ocorreu em 24 de outubro. Em 1º de janeiro deste ano, o agora ex-prefeito retomou suas atividades como corretor de imóveis.
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