Um ano e sete meses após a condenação, Renato e Aline Openkoski, pais do menino Jonatas e responsáveis pela campanha AME Jonatas, foram presos na tarde desta quarta-feira, dia 22 de maio, em Joinville. O casal foi condenado a 70 anos de prisão em regime fechado por estelionato e apropriação indébita.
Na época da condenação, em outubro de 2022, a justiça reconheceu que eles usavam o dinheiro da campanha de saúde do menino – falecido também em 2022 – para fins pessoais. A prisão do casal foi feita pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami) de Joinville, e a condenação “transitou em julgado” – ou seja não há mais espaço para recursos.
Renato foi condenado a 44 anos e 29 dias de reclusão em regime fechado. Já Aline foi condenada a 26 anos, 11 meses e 13 dias de prisão. Além das penas privativas de liberdade, o casal foi condenado pelo juiz Paulo Eduardo Huergo Farah, da 4ª Vara Criminal de Joinville, ao pagamento de indenização mínima no valor de R$ 178.176,25. Eles recorriam da sentença em liberdade, mas agora a justiça determinou a prisão, segundo detalhou Fran Marcon, do Diário do Litoral.
Jonatas foi diagnosticado com AME em 2017. Logo em seguida os pais iniciaram a campanha “AME Jonatas”, com o objetivo de arrecadar fundos para a compra da vacina Spinraza, naquela época importada dos Estados Unidos com custo estimado de R$ 3 milhões.
Com a investigação do Ministério Público, houve a constatação de que casal enganaram os apoiadores da campanha e usaram parte do valor arrecadado para compra de carros, joias, roupas, viagens, entre outros itens, que não estavam relacionados com o tratamento médico. No dia 24 de janeiro de 2022, Jonatas não resistiu à doença e faleceu aos cinco anos. Ele sofreu uma parada cardíaca em casa, em Camboriú.

