Governo Federal lista cidades da região ameaçadas por fenômenos climáticos

Publicado em 22/05/2024 14h42

As cidades de Araquari, Balneário Barra do Sul, Balneário Piçarras, Penha e Barra Velha, além de Itajaí, Luiz Alves, Navegantes, no norte e de Santa Catarina, estão entre os 1.942 municípios catarinenses suscetíveis a desastres associados a deslizamentos de terras, alagamentos, enxurradas e inundações. A informação foi trazida pela Agência Brasil nesta semana, que lista estudo do Governo Federal apontando quase 35% do total dos municípios brasileiros como áreas ameaçadas pelas questões climáticas.

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O levantamento nacional aponta a a intensificação das mudanças climáticas provocadas pela ação humana no meio ambiente, a qual têm aumentado os desastres ambientais e climáticos em todo o mundo, a exemplo do que ocorre no Rio Grande do Sul.

As áreas dentro dessas 1,9 mil cidades consideradas em risco concentram mais de 8,9 milhões de brasileiros, o que representa 6% da população nacional. Em Santa Catarina, nada menos do que 207 cidades estão em risco. O volume populacional mapeado é de 7%.

Além das cidades de região de cobertura da Rede Marazul, há ainda riscos em Joinville, Jaraguá do Sul, São Francisco do Sul, Balneário Camboriú, Itapema e vários outros municípios do norte catarinense.

Na região de cobertura da Marazul, as cidades com maior número de pessoas ameaçadas estão em Itajaí, com 7.462 habitantes em áreas de risco, Ilhota, com 6.085 e Araquari, com 4.300. Há ainda 908 moradores em risco em Balneário Barra do Sul, 2.392 em Barra Velha, 1.708 em Balneário Piçarras, 1.415 em Penha e 2.059 em Navegantes. A cidade com menor número de pessoas expostas é Luiz Alves, com 68 moradores em áreas de atenção.

“O aumento na frequência e na intensidade dos eventos extremos de chuvas vêm criando um cenário desafiador para todos os países, em especial para aqueles em desenvolvimento e de grande extensão territorial, como o Brasil”, diz o estudo do governo federal.

O levantamento publicado em abril deste ano refez a metodologia até então adotada, adicionando mais critérios e novas bases de dados, o que ampliou em 136% o número dos municípios considerados suscetíveis a desastres. Em 2012, o governo havia mapeado 821 cidades em risco desse tipo.

Com os novos dados, sistematizados até 2022, os estados com a maior proporção da população em áreas de risco são Bahia (17,3%), Espírito Santo (13,8%), Pernambuco (11,6%), Minas Gerais (10,6%) e Acre (9,7%). Já as unidades da federação com a população mais protegida contra desastres são Distrito Federal (0,1%); Goiás (0,2%), Mato Grosso (0,3%) e Paraná (1%).

O estudo foi coordenado pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, ligada à Casa Civil da Presidência da República. O levantamento foi solicitado pelo governo em razão das obras previstas para o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que prevê investimentos em infraestrutura em todo o país.

Populações pobres

As populações pobres são as mais prováveis de sofrerem com os desastres ambientais no Brasil, de acordo com a nota técnica do estudo. O levantamento ainda identificou os desastres ambientais no Brasil entre 1991 e 2022, quando foram registrados 23.611 eventos, 3.890 óbitos e 8,2 milhões de desalojados ou desabrigados decorrentes de inundações, enxurradas e deslizamentos de terra.

Recomendações

A nota técnica do estudo faz uma série de recomendações ao Poder Público para minimizar os danos dos desastres futuros, como a ampliação do monitoramento e sistemas de alertas para risco relativos a inundações, a atualização anual desses dados e a divulgação dessas informações para todas as instituições e órgãos que podem lidar com o tema.  

FOTO 📸 RAFA NEDDERMEYER / AGÊNCIA BRASIL E ARQUIVO MARAZUL

Edição: Fernando Fraga

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Publicado em 22/05/2024 14h42

As cidades de Araquari, Balneário Barra do Sul, Balneário Piçarras, Penha e Barra Velha, além de Itajaí, Luiz Alves, Navegantes, no norte e de Santa Catarina, estão entre os 1.942 municípios catarinenses suscetíveis a desastres associados a deslizamentos de terras, alagamentos, enxurradas e inundações. A informação foi trazida pela Agência Brasil nesta semana, que lista estudo do Governo Federal apontando quase 35% do total dos municípios brasileiros como áreas ameaçadas pelas questões climáticas.

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O levantamento nacional aponta a a intensificação das mudanças climáticas provocadas pela ação humana no meio ambiente, a qual têm aumentado os desastres ambientais e climáticos em todo o mundo, a exemplo do que ocorre no Rio Grande do Sul.

As áreas dentro dessas 1,9 mil cidades consideradas em risco concentram mais de 8,9 milhões de brasileiros, o que representa 6% da população nacional. Em Santa Catarina, nada menos do que 207 cidades estão em risco. O volume populacional mapeado é de 7%.

Além das cidades de região de cobertura da Rede Marazul, há ainda riscos em Joinville, Jaraguá do Sul, São Francisco do Sul, Balneário Camboriú, Itapema e vários outros municípios do norte catarinense.

Na região de cobertura da Marazul, as cidades com maior número de pessoas ameaçadas estão em Itajaí, com 7.462 habitantes em áreas de risco, Ilhota, com 6.085 e Araquari, com 4.300. Há ainda 908 moradores em risco em Balneário Barra do Sul, 2.392 em Barra Velha, 1.708 em Balneário Piçarras, 1.415 em Penha e 2.059 em Navegantes. A cidade com menor número de pessoas expostas é Luiz Alves, com 68 moradores em áreas de atenção.

“O aumento na frequência e na intensidade dos eventos extremos de chuvas vêm criando um cenário desafiador para todos os países, em especial para aqueles em desenvolvimento e de grande extensão territorial, como o Brasil”, diz o estudo do governo federal.

O levantamento publicado em abril deste ano refez a metodologia até então adotada, adicionando mais critérios e novas bases de dados, o que ampliou em 136% o número dos municípios considerados suscetíveis a desastres. Em 2012, o governo havia mapeado 821 cidades em risco desse tipo.

Com os novos dados, sistematizados até 2022, os estados com a maior proporção da população em áreas de risco são Bahia (17,3%), Espírito Santo (13,8%), Pernambuco (11,6%), Minas Gerais (10,6%) e Acre (9,7%). Já as unidades da federação com a população mais protegida contra desastres são Distrito Federal (0,1%); Goiás (0,2%), Mato Grosso (0,3%) e Paraná (1%).

O estudo foi coordenado pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, ligada à Casa Civil da Presidência da República. O levantamento foi solicitado pelo governo em razão das obras previstas para o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que prevê investimentos em infraestrutura em todo o país.

Populações pobres

As populações pobres são as mais prováveis de sofrerem com os desastres ambientais no Brasil, de acordo com a nota técnica do estudo. O levantamento ainda identificou os desastres ambientais no Brasil entre 1991 e 2022, quando foram registrados 23.611 eventos, 3.890 óbitos e 8,2 milhões de desalojados ou desabrigados decorrentes de inundações, enxurradas e deslizamentos de terra.

Recomendações

A nota técnica do estudo faz uma série de recomendações ao Poder Público para minimizar os danos dos desastres futuros, como a ampliação do monitoramento e sistemas de alertas para risco relativos a inundações, a atualização anual desses dados e a divulgação dessas informações para todas as instituições e órgãos que podem lidar com o tema.  

FOTO 📸 RAFA NEDDERMEYER / AGÊNCIA BRASIL E ARQUIVO MARAZUL

Edição: Fernando Fraga

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