Três catarinenses presos e condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília teriam quebrado as tornozeleiras eletrônicas pelas quais eram monitorados e fugido do Brasil em direção à Argentina. Eles fazem parte de um grupo de 10 pessoas suspeitas de terem deixado o país.
O levantamento do portal informa que os 10 militantes que participaram do ato de 8 de janeiro teriam deixado o Brasil este ano pelas fronteiras de Santa Catarina e do Paraná, com destino à Argentina e ao Uruguai. Um dos investigados, de São Paulo, teria dito que pediu asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei.
Os três catarinenses suspeitos de terem fugido do país foram os primeiros condenados de Santa Catarina nos processos que investigam os participantes dos ataques aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023.
Um deles é o músico catarinense Ângelo Sotero de Lima, 58 anos, morador de Blumenau, condenado a 16 anos e meio de prisão, pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e associação criminosa.
Segundo a reportagem do UOL, o advogado de Ângelo teria confirmado a fuga. O condenado teria se juntado a um grupo de 10 bolsonaristas que fugiram para a Argentina, por meio da fronteira de Dionísio Cerqueira.
Gilberto Ackermann, de Balneário Camboriú, é mais um dos catarinenses. Corretor de seguros, Gilberto tem 49 anos, e sua advogada teria confirmado a fuga ao portal UOL. Um documento também foi enviado pela 1ª Vara da Comarca de Balneário Camboriú ao STF informando a situação.
E, por fim, Raquel de Souza Lopes, de Joinville, cozinheira de 50 anos de idade, e sua defesa confirmou que seu paradeiro é desconhecido. O advogado Hemerson Barbosa da Costa, que representa Angelo Sotero de Lima, afirmou à reportagem não ter conhecimento sobre a eventual fuga do cliente.
A advogada Shanisys Martins Butenes, que representa a defesa de Raquel de Souza Lopes, informou que o escritório não comenta casos ligados ao 8 de janeiro. A reportagem tentou contato com os advogados de Gilberto Ackermann, mas não obteve retorno até a publicação.


