Servidores acusam suposta “rachadinha” e exercício ilegal da medicina no Hospital de Navegantes

Publicado em 09/10/2023 22h41

Funcionários do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes (HNSN) denunciam no DIARINHO de ontem estágio irregular de acadêmicos de Medicina de universidades paraguaias, exercício ilegal da Medicina por estudantes com a suposta conivência da direção e parte do corpo clínico e até suspeita de “rachadinha”.

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O caso já foi denunciado ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e deve ser encaminhado para o Ministério Público de Navegantes nos próximos dias. A diretoria da Redeh e os gestores do hospital negam as acusações.

Segundo os colaboradores do HNSN que denunciaram o caso ao DIARINHO, os estudantes das universidades estrangeiras já fazem os “estágios” no local por meio apenas de um convênio firmado entre a Redeh e as universidades, sem a homologação do Ministério da Educação, há anos.

O problema teria se agravado muito nos últimos tempos, já que parte dos médicos plantonistas se ausentam do pronto-socorro nas madrugadas e colocam os estudantes para atender a comunidade sem supervisão. A reportagem também ouviu um médico do hospital que confirmou a denúncia.

Rachadinha

Segundo a denúncia feita ao DIARINHO na última semana, o Hospital Nossa Senhora de Navegantes está atualmente com 60 “internos” que cursam Medicina nas universidades Três Fronteiras (Uninter) e Sudamericana, que fazem estágio no HNSN pelo período de um ano. Segundo os dados fornecidos pela funcionária, cada um dos três envolvidos recebe mensalmente R$ 32,4 mil da suposta rachadinha.

Outro ponto é que médicos formados no exterior precisam passar pelo Revalida. O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) informou que está analisando o caso e, por causa da exigência de sigilo, não forneceu mais informações.

Redeh nega estágio e dá sua versão

Em nota, a Redeh de Beneficência Cristã diz que não se trata de estagiários e sim de extensionistas. Informa que a presença de estudantes do “Curso de Extensão” no hospital de Navegantes é legalizado através de convênio com universidade brasileira devidamente habilitada junto ao Ministério da Educação (MEC).

Questionada sobre o número do convênio com o MEC e a data da formalização do mesmo, a instituição alega tratar-se de uma questão da universidade com o MEC e, portanto, não tem como passar essa informação.

Com relação ao número de “extensionistas” no hospital, a Redeh não informou, alegando a necessidade de levantamento das informações. Quando o DIARINHO solicitou cópia do convênio e perguntou o nome do médico responsável no HNSN, a assessoria de comunicação da Redeh disse que o convênio é resguardado pela Lei de Proteção de Dados e também por cláusula de sigilo e confidencialidade.

Com relação à prática ilegal da Medicina, a nota diz que os extensionistas que atuam no HNSN são supervisionados por médicos e preceptores experientes Com relação aos pagamentos feitos pelos “extensionistas”, a nota diz que os valores são utilizados para o subsídio do material hospitalar, remuneração dos médicos preceptores e no curso de extensão. A nota é assinada pelo diretor do hospital, Julimar de Oliveira.

Procurado pela reportagem, o secretário de Saúde de Navegantes, Pablo Sebastian Velho, preferiu não se manifestar. Mas a reportagem apurou que a gestão foi delegada à Redeh por concorrência pública, de nº 15/2020.

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Segundo os colaboradores do HNSN que denunciaram o caso ao DIARINHO, os estudantes das universidades estrangeiras já fazem os “estágios” no local por meio apenas de um convênio firmado entre a Redeh e as universidades, sem a homologação do Ministério da Educação, há anos.

O problema teria se agravado muito nos últimos tempos, já que parte dos médicos plantonistas se ausentam do pronto-socorro nas madrugadas e colocam os estudantes para atender a comunidade sem supervisão. A reportagem também ouviu um médico do hospital que confirmou a denúncia.

Rachadinha

Segundo a denúncia feita ao DIARINHO na última semana, o Hospital Nossa Senhora de Navegantes está atualmente com 60 “internos” que cursam Medicina nas universidades Três Fronteiras (Uninter) e Sudamericana, que fazem estágio no HNSN pelo período de um ano. Segundo os dados fornecidos pela funcionária, cada um dos três envolvidos recebe mensalmente R$ 32,4 mil da suposta rachadinha.

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Com relação ao número de “extensionistas” no hospital, a Redeh não informou, alegando a necessidade de levantamento das informações. Quando o DIARINHO solicitou cópia do convênio e perguntou o nome do médico responsável no HNSN, a assessoria de comunicação da Redeh disse que o convênio é resguardado pela Lei de Proteção de Dados e também por cláusula de sigilo e confidencialidade.

Com relação à prática ilegal da Medicina, a nota diz que os extensionistas que atuam no HNSN são supervisionados por médicos e preceptores experientes Com relação aos pagamentos feitos pelos “extensionistas”, a nota diz que os valores são utilizados para o subsídio do material hospitalar, remuneração dos médicos preceptores e no curso de extensão. A nota é assinada pelo diretor do hospital, Julimar de Oliveira.

Procurado pela reportagem, o secretário de Saúde de Navegantes, Pablo Sebastian Velho, preferiu não se manifestar. Mas a reportagem apurou que a gestão foi delegada à Redeh por concorrência pública, de nº 15/2020.

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