O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, se manifestou, nesta sexta-feira (8), sobre os tiros que atingiram a cabeça da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, na noite dessa quinta-feira (7). A família acusa agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de serem os autores dos disparos contra o carro que levava a criança.
Dino publicou em sua rede social que já solicitou esclarecimentos e providências à PRF no estado do Rio, segundo informou a Agência Brasil. Na postagem, o ministro ainda escreveu que vai acelerar a revisão de procedimentos de atuação da Polícia Rodoviária.
“Mandei acelerar a revisão da doutrina policial e manuais de procedimento na PRF, como já havia determinado quando da demissão dos policiais do caso Genivaldo, em Sergipe. Outras medidas serão informadas em breve”, afirmou.
A corporação já informou que os três agentes envolvidos foram afastados das funções operacionais preventivamente, para investigar as circunstâncias do caso e para atendimento e avaliação psicológica.
A menina foi levada para o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), em Duque de Caxias, também na Baixada Fluminense. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Heloísa chegou ao hospital levada por uma viatura da PRF, com perfuração por arma de fogo no crânio, pescoço e ombro.
Segundo a direção da unidade, Heloísa dos Santos Silva chegou “com rebaixamento de nível de consciência, sangramento ativo no couro cabeludo, sendo sedada e entubada”. A paciente foi avaliada pela Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (Cipe), neurocirurgia e pediatria, com realização de exames de imagem e laboratório. A menina foi encaminhada para o centro cirúrgico e solicitado centro de terapia intensivo (CTI). “Seu estado é grave”, afirma a nota da secretaria.
A PRF informou nesta sexta-feira (8) que três policiais envolvidos no caso foram preventivamente afastados das funções operacionais.
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil